PAN congratula-se com fim da "caça à paulada" do coelho-bravo
O PAN Madeira veio hoje a público congratular-se pelo facto de ter sido abolida a "caça à paulada" do coelho-bravo, por proposta do partido na Assembleia da República.
"O PAN Madeira congratula-se por já não se poder 'esmigalhar" a cabeça dos coelhos na denominada caça ao corricão (com um pau)", refere o comunicado remetido às redacções, que recorda que "apesar de proibida a prática da caça à paulada continuou a ser uma realidade no Porto Santo".
Todos os anos na nossa Região o IFCN autorizava a caça ao coelho-bravo pelo processo “corricão”, ou seja, com uso de pau, sem arma de fogo e com recurso a matilhas de cães. Já em 2019, o Instituto das Florestas e Conservação da Natureza (IFCN) da Madeira tinha autorizado a caça ao coelho-bravo através deste processo na Ilha do Porto Santo. O PAN recorda que em 2018 foram criadas as áreas de refúgio de caça designadas por 'Pico Castelo', 'Pico Juliana', 'Pico do Facho', 'Pico Concelho' e 'Pico Ana Ferreira', criadas pelo Despacho nº 51/2018, de 23 de Agosto, que tinha por objectivo proteger a espécie de coelho-bravo (...) Apenas dois anos depois, em 2020 estas áreas de refúgio de caça no concelho do Porto Santo, foram extintas através do Despacho 63-A/2020, usando o argumento do aumento significativo da espécie de coelho-bravo nestas áreas de refúgio que estariam a causar danos na flora e fauna ali existente. Ou seja, o coelho-bravo passou de espécie “que importa preservar” para um alvo a abater (à paulada).
Os ambientalistas deixaram ainda o apelo ao Governo Regional para que "pondere a sua relação com a natureza que é de todos nós e das gerações vindouras".
"Situações como a extinção das cabras das desertas, do amianto enterrado na Laurissilva, da propalada construção da estrada das Ginjas ou de um Teleférico no Curral das Freiras merecem total repúdio dos madeirenses e forte contestação por parte de todos nós", acrescenta ainda o comunicado do PAN.