960,4 mil dormidas na hotelaria em Setembro geraram 55,1 milhões de euros
As estimativas dos estabelecimentos do alojamento turístico da RAM em Setembro de 2022 revelam que foram registadas 960,4 mil dormidas que geraram proveitos totais de 55,1 milhões de euros, quase 39 milhões de euros foram proveitos de aposento, sendo estes os três principais indicadores deste que foi um dos melhores meses de sempre.
Os dados do sector, revelados hoje pela Direcção Regional de Estatística da Madeira, indicam que "91,5% dos estabelecimentos do alojamento turístico da RAM registaram movimento de hóspedes neste mês. Analisando por segmento, verifica-se que foi a hotelaria que apresentou a maior percentagem de estabelecimentos com movimento de hóspedes (93,8%), seguida do alojamento local, com 91,6%, e do turismo no espaço rural, com 85,2%", diz.
No nono mês do ano, "o número de dormidas no alojamento turístico aproximou-se dos 960,4 mil, traduzindo um acréscimo de 25,0% em comparação com o mês homólogo (768,3 mil dormidas em Setembro de 2021)", acrescenta, lembrando que conforme já tinha referido na divulgação da estimativa rápida (no final do mês passado) para o mês de referência, embora as dormidas contabilizadas em Setembro de 2022 tenham ficado abaixo dos registos de Julho e Agosto do mesmo ano - nos quais o limiar de 1 milhão foi ultrapassado - aquele valor corresponde ao mais alto de sempre no mês de Setembro e ao terceiro registo mensal mais elevado de sempre".
Por este efeito, nota a DREM "que o total de dormidas nos meses de verão (Julho, Agosto e Setembro) totalizou 3,1 milhões, valor superior, por exemplo a todo o ano de 1993", exemplificador do patamar a que chegou o sector.
E acrescenta: "Excluindo o alojamento local com menos de 10 camas, as dormidas do alojamento turístico apresentaram um acréscimo de 20,7% relativamente a Setembro de 2021, inferior ao observado no País, que foi de 37,4%."
Já "os proveitos totais e os de aposento, em Setembro de 2022, apresentaram crescimentos homólogos de 32,0% e 38,1%, respectivamente, fixando-se, pela mesma ordem, nos 55,1 e 38,9 milhões de euros", sendo que "no País, no mês em referência, os proveitos totais e de aposento observaram variações homólogas positivas, de 70,3% e 74,5%, pela mesma ordem. Tal como sucede nas dormidas, o mês de Setembro de 2022 foi de recorde também para os proveitos".
Há ainda a comparação o período de referência com Setembro de 2019 (período pré-pandemia), na qual "a actividade no alojamento turístico apresentou um crescimento de 23,5% nas dormidas, com o mercado de residentes no estrangeiro a registar um acréscimo de 13,9%. Considerando os principais mercados deste segmento, verificaram-se variações positivas nos mercados britânico (+16,4%) e alemão (+4,6%), contrariamente ao mercado francês, que apresentou um decréscimo de 7,9%. O mercado nacional manteve a tendência de crescimento que se tem observado nos últimos meses (+78,8% face a Setembro de 2019)".
E a verdade é que "o valor da estada média, no total do alojamento turístico, no mês de Setembro de 2022, registou uma diminuição relativamente ao mesmo mês do ano anterior (5,15 noites), fixando-se nas 4,91 noites", contudo "a taxa de ocupação-cama do alojamento turístico, no mês em referência, foi de 72,1%, 4,8 pontos percentuais (p.p.) acima do observado no mês homólogo (67,3%). Por sua vez, a taxa de ocupação-quarto atingiu os 82,8% (76,3% em Setembro de 2021)".
Por fim, o RevPAR (proveitos de aposento por quarto disponível) "rondou os 73,74 euros no conjunto do alojamento turístico (excluindo o alojamento local abaixo das 10 camas), +25,8% que no mesmo mês do ano precedente. Comparando com o valor de Setembro de 2019 (51,88 euros), verificou-se também um acréscimo, de 42,1%", enquanto que "o proveito por quarto utilizado (ADR) no alojamento turístico passou de 76,80€, em Setembro de 2021, para 89,07€, em Setembro de 2022 (+16,0% de variação homóloga)", números que explicam os rendimentos alcançados.