G20 pede mais dinheiro para o fundo de preparação antes de eventuais pandemias
O Presidente da Indonésia, Joko Widodo, e outros representantes do G20 reivindicaram hoje mais contribuições para o fundo de preparação antes de eventuais pandemias, criado para melhorar a prevenção contra futuras crises sanitárias.
Até ao momento, o fundo, criado em setembro, arrecadou cerca de 1.400 milhões de dólares (1.350 milhões de euros), com donativos de 20 países e três filantropos.
No entanto, o Banco Mundial, que atuará como administrador do fundo, e a Organização Mundial da Saúde (OMS) estimam, num relatório, que o défice de financiamento anual para a preparação antes de uma eventual pandemia é de 10.500 milhões de dólares (10.312 milhões de euros).
"Os fundos angariados ainda não são suficientes. Espero um maior apoio", afirmou Widodo num vídeo emitido durante a cimeira de ministros das Finanças e da Saúde, que termina hoje em Bali e que precede à reunião, entre terça e quarta-feira, dos líderes políticos do G20.
O fundo, lançado durante a presidência indonésia do G20, é dirigido a países com baixos e médios rendimentos para financiarem os esforços em tarefas como vigilância, investigação e acesso a vacinas.
"Peço a todos os países que contribuíam para o fundo (...) pode ajudar a fazer o mundo mais seguro", assinalou, em videoconferência, o presidente do Banco Mundial, David Malpass.
O fundo tem como ponto de referência a gestão dos recursos durante os últimos dois anos na pandemia da covid-19, sublinha-se no comunicado oficial da reunião dos ministros das Finanças e Saúde.
"Todos sabemos o preço pago em vidas humanas e nas dificuldades económicas nestes quase três anos desde que a OMS declarou a pandemia da covid-19, agora começamos a entender alguns dos seus impactos a longo prazo em custos sociais", observou a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, país que contribui com 450 milhões de dólares (434 milhões de euros) para o fundo.
Durante as reuniões de hoje, a ministra das Finanças da Indonésia, Sri Mulyani Indrawati, afirmou que são esperados novos donativos por parte da França e da Arábia Saudita, sem especificar, no entanto, o montante.