As eleições americanas
Tudo indicava uma hecatombe eleitoral para os democratas e para Biden. Assim ditavam as sondagens e, na esteira destas, a maioria dos analistas e comentadores. Adivinhava-se uma onda vermelha republicana e, sobretudo, o ressurgimento de Trump. Que não colhe unanimismo na sua área política. DeSantis, o vencedor das eleições na Flórida e reeleito governador não deixará de concorrer contra ele nas primárias do seu partido.
Não aconteceu o cenário catastrófico mas é provável que os democratas percam a Câmara dos Representantes. Já sucedeu no passado. Foi assim com Obama, por exemplo. Mas a diferença é muito escassa. No momento, de 10 para um total de 435 assentos.
A expectativa dos republicanos era tomar o Senado. O que pode não vir a suceder. Dos 100 lugares em disputa basta aos democratas 50 e já têm 49. Em caso de empate a Vice, que é democrata, desempata. Vamos esperar pelos resultados no Nevada e aguardar pela 2ª volta das eleições na Geórgia.
Caso o Senado se mantenha democrata é pesada derrota para Trump que já tinha feito saber que comunicaria algo importante no dia 15. Como não vai pintar o cabelo de verde, não passará do anúncio da sua recandidatura. Que alguns republicanos de peso já aconselham o seu adiamento.
Quanto às presidenciais, o actual inquilino da Casa Branca não deverá ser o candidato democrata. Pela sua idade e porque os americanos assim o vêm entendendo. A sua vice desapareceu do mapa, logo terá de aparecer quem o assuma. Provavelmente para enfrentar DeSantis. Se do lado republicano a escolha recair em Trump, bem, aí, talvez até Biden possa ser a escolha democrata. Mas muitas voltas ao sol se darão até lá.