Venezuela rejeita extensão das sanções da União Europeia
O Governo da Venezuela rejeitou hoje a extensão das sanções económicas impostas pela União Europeia (UE) em 2017, que incluem o embargo de armas e equipamentos que podem ser usados para repressão no país.
O executivo de Nicolás Maduro rejeitou a "infeliz decisão" de renovar as "medidas coercivas unilaterais contra o povo venezuelano", refere um comunicado do Itamaraty, citado pela agência Efe.
"Pretende-se insistir numa estratégia completamente errónea, com a qual a UE não conseguiu, nos últimos cinco anos, cumprir o seu objetivo de derrubar o Governo ou separar o nosso povo do rumo político consagrado na nossa Constituição", lê-se no comunicado.
A Venezuela considera que a extensão das sanções é uma decisão incoerente "e constitui uma bofetada" ao V Fórum de Paris pela Paz, no âmbito do qual representantes do Governo e da oposição realizaram, na sexta-feira, uma reunião para procurar soluções para a crise, apoiados pela França, Colômbia e Argentina.
"Repudiamos a política insana de recorrer a essas ferramentas de chantagem política, contrárias aos princípios democráticos e de direitos humanos, instituindo uma prática perigosa, contrária aos princípios do direito internacional e da convivência pacífica entre os Estados", acrescenta o Governo.
As restrições impostas pelos 27 [países membros da UE] em 2017 também incluem a proibição de 36 pessoas (entre as quais Diosdado Cabello, o número dois do Chavismo) de entrar na UE, bem como o congelamento dos seus bens.
A Venezuela considera que essas sanções "punem massivamente e violam os direitos humanos" dos habitantes daquele país, "já que as suas consequências indiretas acabam por limitar o acesso a alimentos, medicamentos, bens de primeira necessidade, máquinas, peças de reposição e equipamentos necessários para garantir direitos humanos fundamentais fundamental", conclui o comunicado.