"Jamais teremos a solução perfeita para a mobilidade do Porto Santo"
As dificuldades de mão-de-obra, que são transversais, também mereceram uma abordagem de Nuno Batista
O Porto Santo "jamais" terá a "solução perfeita para a mobilidade". Esta é uma das frases marcantes do discurso do presidente da autarquia da Ilha Dourada, Nuno Batista, durante a sua intervenção na 15.ª edição da Conferência Anual do Turismo (CAT).
A iniciativa organizada pela Direcção Regional da Ordem dos Economistas viajou até ao Porto Santo e o autarca aproveitou o momento para reflectir sobre a acessibilidade ao seu município, acabando por sublinhar que "por vezes o grande desafio não está em criar as soluções, mas sim não regredir nas soluções que já foram criadas e apresentadas", uma vez que "esse retrocesso tem um peso mais importante" para a ilha.
Nuno Batista que destacou ainda a capacidade dos seus munícipes em "receber e despertar sentimentos únicos" nos turistas e que, por vezes, os próprios visitantes acabam por amar "muito mais o Porto Santo do que a sua própria terra".
Daí que o Porto Santo "tem de ter capacidade de se abrir e de se fazer ouvir", sobretudo quando falamos de fraquezas ou de dificuldades. Um exemplo disso foi a capacidade que o Porto Santo demonstrou ao se reinventar "com a Covid-19".
Nada melhor do que nos anteciparmos, analisarmos, termos a capacidade de ouvir todas as pessoas. Do comum de todas as opiniões vamos encontrar as melhores soluções. Nuno Batista
As dificuldades de mão-de-obra, que são transversais, também mereceram uma abordagem de Nuno Batista. O presidente da Câmara Municipal do Porto Santo observou que uma das formas de esbater esses problemas foi o próprio, e a sua equipa, aproximarem-se do tecido empresarial local e dos trabalhadores para "transmitir uma ideia da importância que este ano teria para o Porto Santo", no sentido de "passar a mensagem" que o destino estava "preparado e de braços abertos".
Por fim, o edil vincou que a Câmara quer assumir a sua posição no turismo do Porto Santo, "não de uma forma autoritária, mas de uma forma conciliadora, sempre a uma só voz".