O consumo dos principais combustíveis nos primeiros nove meses de 2022 na Região Autónoma da Madeira cresceu 9,7% face ao período homólogo, acompanhando ou ajudado pela redução dos preços, sentido já no 3.º trimestre, embora ainda muito acima do que se pagava por um litro de gasolina ou gasóleo em igual período do ano passado.

"Segundo os dados fornecidos pela Alfândega do Funchal, nos primeiros nove meses de 2022, na RAM, a introdução no consumo dos principais combustíveis (gasóleo e gasolina) atingiu os 114,3 milhões de litros, valor superior ao do mesmo período do ano precedente em 9,7%", afiança a Direcção Regional de Estatística da Madeira (DREM), numa divulgação esta manhã.

"Nos primeiros nove meses de 2022 foram introduzidos 81,0 milhões de litros de gasóleo, +7,2% do que no período homólogo", enquanto que nas gasolinas "observou-se que a de 95 octanas apresentou um acréscimo homólogo de 24,3%, enquanto a de 98 octanas registou uma diminuição de 6,8%", evidenciando a importância que os consumidores dão ao preço, seguramente muitos deixando de atestar com o combustível mais caro devido à alta de preços registada.

"Entre Janeiro e Setembro de 2022, as quantidades introduzidas de gasolina de 95 e de 98 octanas foram de 26,6 e 6,6 milhões de litros, respectivamente", acrescenta  DREM. "No caso do gás propano e butano, a introdução no consumo no período em referência rondou as 8,6 e 4,1 mil toneladas, respectivamente (+14,7% e -1,8% que no ano anterior), enquanto no gás natural, a quantidade introduzida foi de 20,9 mil toneladas, +4,2% que no período homólogo".

Como referido no início, "reduzindo o âmbito da análise ao 3.º trimestre de 2022, observa-se que neste período, a introdução no consumo dos principais combustíveis (gasóleo e gasolina) rondou os 40,3 milhões, valor inferior ao do período homólogo em -1,1%. Neste trimestre, a procura de gasóleo rodoviário foi de 27,8 milhões de litros (-4,9% face ao mesmo trimestre de 2021). Nas gasolinas, observou-se que a de 95 octanas apresentou um aumento de 13,2%, em comparação com o mesmo período do ano anterior, enquanto na gasolina de 98 octanas, o valor da introdução ao consumo foi inferior ao do período homólogo em 8,1%, contabilizando-se nos meses de Julho a Setembro de 2022 introduções no consumo de 10,0 e 2,4 milhões de litros, respectivamente", aponta.

Por sua vez, nesse último trimestre, "a quantidade introduzida de gás propano e butano rondou, pela mesma ordem, as 1,7 e 1,5 mil toneladas enquanto no gás natural, a quantidade introduzida foi de 5,2 mil toneladas (-31,5% que no trimestre homólogo)".

Já quanto ao preço, as médias calculadas para o gasóleo rodoviário e a gasolina 95 baixaram no 3.º trimestre de 2022 comparativamente ao período precedente, passando o primeiro a custar 1,747€, "superior ao registado no período homólogo (1,420€) e inferior ao trimestre anterior (1,772€)" e no segundo caso "o preço médio foi de 1,811€, acima do verificado no período correspondente do ano precedente (1,645€) e abaixo do observado no 2.º trimestre de 2022 (1,915€)".