CO27: Cimeira do tudo ou nada
O Egipto foi o país escolhido para a Cimeira do Clima da ONU. Lá, as pessoas que têm justas preocupações ambientais, não têm permissão para se manifestarem... são abordadas e os seus telemóveis vistoriados e de seguida presas! Fazer uma Conferência Mundial num país presidido por um militar dum governo musculado, que guilhotina direitos civis - foi uma péssima escolha. Esta crise climática também é uma crise de Direitos Humanos. O secretário-geral da ONU, António Guterres, tem sido corajoso e assertivo nos diagnósticos das alterações climáticas: «Estamos numa auto-estrada para o inferno climático e não tiramos o pé do acelerador»(!). O gás de efeito estufa não têm parado de aumentar e, em nome dos humanos e de todos os seres vivos urge diminui-los. Significativamente. Por cá, temos um clima mais quente e seco e o sul da Península Ibérica está lentamente a desertificar-se. A transição energética dos países mais pobres, severamente atingidos pelos efeitos poluidores dos países mais ricos, têm de ser comparticipados monetariamente por estes. Estamos a perder os glaciares pelo degelo, donde resultará um aumento do nível dos oceanos e... penso nos Países Baixos (Holanda). As decisões dos chefes de Estado não têm sido impactantes, no sentido de segurarem a nossa casa comum - a Terra. Brasil, India, Rússia e China, os maiores poluidores, faltaram à Cimeira... As batalhas decisivas pelo combate às alterações climáticas têm sido um fracasso. É comovente ver, por cá, a juventude mobilizada e organizada, a tomar a vanguarda nos protestos contra o combustível fóssil, o carvão, o nuclear, pelo nosso Planeta Terra com futuro.
Grandes companhias de produção de energia fóssil estão sendo altamente subsidiadas e, para além de ser pornográfico, uma vez mais, aqui o deus dinheiro mancomunado com o capitalismo - são uma ameaça à Humanidade!
Vítor Colaço Santos