"A investigação é crucial na defesa do património"
João Santos, da Direcção Geral do Património Cultural, pede impulso aos programas de investigação e mais acções de mitigação das alterações climáticas
A conferência 'Alterações Climáticas e o Património Mundial, Natural e Cultural', que decorre no auditório do Colégio dos Jesuítas, prossegue esta tarde com a intervenção de Paulo Oliveira, do Instituto de Florestas e Conservação da Natureza.
Antes ainda, e numa intervenção que estava prevista para a parte da manhã do evento, João Carlos Santos, da Direcção Geral do Património Cultural, falou dos riscos invisíveis a que as populações e os seus patrimónios estão sujeitas por causa das alterações climáticas.
O modo como olhamos e agimos sobre o património mundial cultural é "mais uma responsabilidade que temos ao podermos influenciar" procedimentos de acção climática, disse, defendendo uma "base de trabalho colaborativa" e que "estimule o intercâmbio".
O orador disse que o futuro vai obrigar a uma mudança de mentalidade, porque há cada vez mais sucessivas crises (climáticas, financeiras, a guerra). "O património mundial não pode ser visto apenas como um activo para o turismo de massas", daí que seja preciso alterar os processos de gestão, olhando mais ao seu contributo interno.
Paulo Oliveira quis destacar, na sua intervenção, a Estratégia CLIMA - Madeira, que apesar de estar em revisão, tem constituído um excelente mecanismo e que já existia bem antes da importância agora dada às alterações climáticas. Disse ainda que as florestas degradadas são menos resilientes e onde se potencia o aparecimento de espécies inovadores, e logo mais propícias a arder.