Alterações Climáticas Madeira

Apreciação da candidatura das Levadas da Madeira a património mundial sofre atraso

Dificuldade em reunir Comité do Património da UNESCO, presidido por um embaixador russo, na origem do atraso

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"Mas é um factor estranho à Madeira e as autoridades portuguesas em geral", garante o presidente da Comissão Nacional da UNESCO.

O presidente da Comissão Nacional da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), José Filipe Cabral, afirmou hoje, à margem da conferência ‘Alterações Climáticas e o Património Mundial, Natural e Cultural’, que a apreciação da candidatura das Levadas da Madeira a património mundial natural pode sofrer algum atraso. Uma situação completamente externa a Portugal, nomeadamente ao Governo Regional da Madeira, através da Secretaria Regional de Ambiente, Recursos Naturais e Alterações Climáticas.

“A candidatura está a correr bem. Está a ser preparada de uma maneira muito séria e espero que nos seja entregue, à Comissão Nacional da UNESCO, daqui a relativamente pouco tempo. Daí não há qualquer atraso. O que acontece é que devido à guerra da Ucrânia e ao facto do Comité do Património ser presidido por um embaixador russo, os países europeus recusaram-se a participar nas reuniões enquanto perdurasse esta situação e isso pode eventualmente atrasar a análise da candidatura da Madeira pelo Comité. Mas é um factor estranho à Madeira e as autoridades portuguesas em geral”.

Sobre esta situação, Susana Fontinha, coordenadora da candidatura das levadas da Madeira a património mundial da UNESCO, garantiu que a Região Autónoma da Madeira vai continuar a fazer o seu trabalho, “com saber científico, envolvendo as diferentes entidades e trabalhando em prol de uma candidatura de sucesso”. “Portanto, demore mais um ano ou mais dois anos, ao nível de uma avaliação da UNESCO, da parte dos promotores da candidatura iremos continuar a desenvolver o nosso trabalho”.