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Supremo Tribunal reconhece importância do discurso de Bolsonaro

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O Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a importância do discurso do Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, em relação aos protestos e bloqueios de estradas, mas também por ter determinado o início do processo de transição.

"O Supremo Tribunal Federal consigna a importância do pronunciamento do Presidente da República em garantir o direito de ir e vir em relação aos bloqueios e, ao determinar o início da transição, reconhecer o resultado final das eleições", indicou, numa nota, o STF.

Este comunicado surgiu minutos após Jair Bolsonaro ter discursado no Palácio da Alvorada, naquela que foi a sua primeira declaração depois de ter perdido as eleições de domingo, tendo apelado aos seus apoiantes que abandonassem os protestos e garantido que respeitará a Constituição.

"Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre são bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população", frisou o Presidente brasileiro.

Jair Bolsonaro apelou assim aos milhares de apoiantes que, desde a madrugada de segunda-feira, bloquearam várias estradas do país por não aceitarem o resultado das eleições, que Luiz Inácio Lula da Silva venceu com 50,9% dos votos, contra 49,1% obtidos por Bolsonaro.

O Presidente brasileiro deixou também a porta aberta para uma transição já que disse respeitar a Constituição. 

"Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. Nunca falei em controlar ou censurar os média e as redes sociais. Enquanto Presidente da República e cidadão, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição", disse.

Depois deste discurso Jair Bolsonaro seguiu para a sede do STF para uma reunião com vários juízes. 

Com 100% dos votos contados, Luiz Inácio Lula da Silva ganhou as eleições presidenciais de domingo por uma margem estreita, recebendo 50,9% dos votos, contra 49,1% para Jair Bolsonaro, que procurava um novo mandato de quatro anos.