TAP está em negociações para o cancelamento do contrato de 'renting'
A TAP está em negociações por causa do cancelamento do contrato de 'renting' (aluguer), adiantou hoje a transportadora área à agência Lusa, recusando revelar pormenores sobre eventuais compensações.
Em resposta a perguntas feitas pela agência Lusa, fonte oficial da TAP admite que "estão em curso negociações entre a TAP e o fornecedor de soluções automóveis relativamente ao cancelamento do contrato".
"A TAP não faz comentários sobre as negociações em curso ou hipotéticas compensações", sublinha a mesma fonte.
As negociações decorrem porque a "totalidade do contrato de 'renting', relativo a 79 viaturas, das quais 50 destinadas à TAP SA, é cancelada, tal como anunciado".
Acrescenta que a TAP assinou um contrato de 'renting' -- contrato de aluguer de viaturas frequentemente usado por empresas, que se traduz no aluguer de veículos com prestação de serviços associado, por um período de tempo determinado e mediante o pagamento de uma renda -- para renovar a frota automóvel, o que incluiria 50 veículos para a TAP SA, a empresa de aviação.
Segundo a fonte da TAP, este contrato beneficiaria ainda outras empresas do grupo, "não só a Portugália", que "tirariam partido desta encomenda maior [...] e renovariam também a sua frota automóvel".
"O número total de automóveis em 'renting', incluindo outras empresas do grupo TAP, seria de 79. Nenhum dos 50 automóveis encomendados para a TAP SA foi entregue", adianta.
Por outro lado, garante que "será devolvida ao fornecedor" a "única viatura", de entre um conjunto de 29, que foi entregue a uma empresa associada à TAP.
Na quinta-feira, a Comissão Executiva da TAP anunciou que iria procurar manter a atual frota automóvel pelo período máximo de um ano, por compreender o "sentimento geral dos portugueses", após polémica sobre carros de luxo.
A polémica com a frota automóvel da TAP começou depois de a TVI/CNN Portugal ter noticiado que a transportadora aérea tinha encomendado uma nova frota de automóveis BMW para a administração e gestores, substituindo os da Peugeot.
Posteriormente, a TAP veio esclarecer que o negócio iria permitir poupar 630 mil euros por ano, mas a empresa acabou por não resistir à polémica e decidiu renegociar o contrato.