Reclusos mortos nas Filipinas após esfaquearem guarda e fazerem refém ex-senadora
A polícia filipina informou que matou três reclusos após estes terem esfaqueado hoje um guarda prisional e fazerem refém uma antiga senadora da oposição, numa tentativa falhada de escapar de uma prisão de alta segurança.
Um dos reclusos morto era um militante de topo do grupo extremista islâmico separatista Abu Sayyaf.
O chefe da polícia nacional, o general Rodolfo Azurin Jr, disse que a ex-senadora Leila de Lima escapou ilesa na sequência da tentativa de fuga e tomada de reféns numa prisão de segurança máxima localizada na sede da polícia na capital das Filipinas.
Um dos três reclusos apunhalou um agente da polícia que estava a entregar o pequeno-almoço aos reclusos após o amanhecer. Um polícia colocado numa torre de sentinela disparou tiros de aviso, e depois atingiu e matou dois dos prisioneiros, incluindo um líder do Abu Sayyaf, Idang Susukan.
O terceiro recluso manteve a ex-senadora refém, mas também acabou por ser abatido a tiro.
"Ela está a salvo. Conseguimos resolver rapidamente o incidente", disse Azurin.
De Lima está detida desde 2017 e enfrenta um julgamento por acusações de drogas que, segundo a própria, foram fabricadas pelo ex-Presidente Rodrigo Duterte e apoiantes, numa tentativa de calar as suas críticas à repressão das drogas ilegais, que causou milhares de mortos e desencadeou uma investigação do Tribunal Penal Internacional sobre possíveis crimes contra a humanidade.