Via Rápida como pista de corridas. Até quando?
Na passada 3.a feira dia 04.10.22 à noite por volta das 22H50, todos os condutores que circulavam na Via Rápida no sentido Boa Nova - São Martinho presenciaram uma autêntica corrida de motos pesadas a velocidades muito acima da legalmente permitida.
A via da esquerda tinha que estar obrigatoriamente livre para que as cerca de 5 motas de alta cilindrada pudessem circular como se estivessem no Estoril ou em Portimão... caso contrário as flashadas com máximos e acelerações dentro dos túneis intimidavam que chegasse. A estrada é toda deles!!!
Até quando as autoridades regionais permitirão que essas corridas aconteçam perante os olhos e ouvidos de todos?
Será preciso morrer algum desses motociclistas? Possivelmente filho único... enlutando mais uma família para sempre?
Será preciso morrer uma criança ou um adulto inocente que circule numa das viaturas a cerca de 80kms/h?
A PSP realizou uma operação de fiscalização que visou estes motociclistas há cerca de um mês atrás na bomba de gasolina da Repsol na Ribeira de João Gomes, possivelmente devido às denúncias efectuadas por pessoas que não se sentem confortáveis com estes abusos.
Durante uns dias parece que esses "pilotos" acalmaram... para surgirem do nada novamente a cerca de 200kms/h atrás de condutores cumpridores e com crianças no banco de trás.
Peço, aliás rogo à PSP, ao Governo Regional e até mesmo ao Ministério Público que no âmbito das suas competências cumpram com o dever de garantir a segurança dos habitantes da Ilha da Madeira e dos milhares de turistas que nos visitam. Os pontos de encontro desses motociclistas estão referenciados, desde postos de combustíveis no Funchal até bares de poncha na Ribeira Brava. Sendo certo que não se pode fechar uma Via Rápida inteira, sendo certo que um radar de velocidade à noite muito dificilmente conseguirá captar qualquer matrícula de uma mota àquela velocidade... não nos podemos esquecer que Condução Perigosa é crime e está previsto no Código Penal!!!
Além de que em causa estão também vidas inocentes.
Até quando Madeira?...
Miguel Ornelas