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Políticos sem sabedoria. É arriscado elegê-los?

Poderá ser o equivalente a entregar o dinheiro público (o nosso dinheiro), e pior, o nosso futuro, a irresponsáveis. Em relação ao uso do dinheiro, isso pode ser confirmado tanto ao nível regional, como nacional, onde se assiste a boa parte do uso do erário público para a edificação dos mais variados “elefantes brancos”. Já em termos internacionais, veja-se o que um ser inqualificável provocou, ao mandar invadir uma nação independente como é a república da Ucrânia, e o escalar de violência planetária que tal pode significar, onde as ameaças para o uso de armamento nuclear já existem. Um político já com alguma sapiência, não usa os cidadãos para alcançar a concretização dos seus planos pessoais, ao invés, entrega-se ao trabalho público em prol das populações, como se de uma missão se tratasse. Os grandes políticos, não são populares, mas marcam vidas e convertem ideias em ações transformadoras. Um bom político, antes da escolarização, precisa ter sabedoria; antes de ter poder, precisa de aprender a decidir pela pluralidade; antes de obter resultados, precisa de sensibilidade; e antes de aliados, precisa de alianças coesas e fidedignas onde pontue o bem comum. A sabedoria era e continua a ser, um patamar atingível pelo ser humano, embora de grande dificuldade e alcance gradual. Trata-se de uma dimensão que alberga várias categorias, onde o conhecimento, a razão, a prudência, têm o seu lugar. A sabedoria é também parente íntimo do autoconhecimento, da compaixão, da benevolência, da afetividade e do comportamento ético, e incorpora uma dimensão maior do que é o bem. Na atualidade, assiste-se, no entanto, a um endeusamento do conhecimento técnico, que, tratando-se inegavelmente de uma aptidão, está muito longe de proporcionar o provar do fruto da sabedoria. O mundo ocidental, arquitetou um modelo de competências técnicas, onde por exemplo, os processos de conquista da natureza, são vividos e propagados como o expoente máximo da superioridade da raça humana, dificultando assim o lugar e o sentido para a sabedoria. De forma simples, mas exemplificativa, pode-se dizer que a diferença entre conhecimento e sabedoria, é que o conhecimento é o conjunto de experiências e coisas que se conhece, já a sabedoria, diz respeito ao modo como melhor se utiliza esse conjunto adquirido. Na atividade política atual, é notória a preocupação em exibir os currículos profissionais e conhecimento técnico, como grandes aptidões de candidatos a governantes para a gestão da coisa pública. Ora, sem auto-ética, dimensão que já incorpora saber, não há candidatos a políticos/governantes capazes de preencher os requisitos mínimos. O exercício da política é eminentemente servir. E a interiorização dessa exigência só está ao alcance daqueles(as) que envergando já um saber em florescimento, têm como conselheiros permanentes, a compreensão, a magnanimidade e a pluralidade nas decisões.