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A tua vida importa-nos

São assinalados 10 anos dos “Cuidados Paliativos” na Região Autónoma da Madeira como unidade funcional

1. “A Tua Vida Importa-nos”

Odia 8 de Outubro assinala o Dia Mundial dos Cuidados Paliativos com o objetivo de partilhar experiências de todos os envolvidos, profissionais, doentes e respectivas famílias.

O lema para 2022 é “A Tua Vida Importa-nos”. Cuidar de quem está doente, sendo grave e/ou incurável, com sofrimento associado, e em que o doente não tem idade, pressupõe a valorização de cada um dos momentos de vida.

Na simplicidade das palavras “a vida são dois dias”, tudo o que está além do bem vida, é absolutamente invisível. A humanização dos cuidados ressalta para a importância do maior conforto possível e da priorização do que falta, naquele tempo (muito ou pouco).

A preparação das equipas que tratam a doença por “tu” e que tratam por “tu” esta fase de vida, na ligeireza da expressão mas na imensidão dos sentimentos associados, nunca será total. As profissões da saúde recebem formação académica e ao longo do percurso formativo e profissional, procuram aperfeiçoar a sua atuação, de forma intrínseca à sua vocação profissional, para responder de forma mais adequada.

Neste ano são assinalados 10 anos dos “Cuidados Paliativos” na Região Autónoma da Madeira como unidade funcional. Um longo percurso que envolve a enorme vontade de médicos, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais na construção de uma Rede de apoio com necessária articulação com os cuidados de saúde primários e hospitalares.

Bem Hajam pela vossa dedicação.

2. A tua vida importa-nos

O mesmo lema se poderia atribuir a uma qualquer campanha de apelo aos jovens e adultos que se perdem, por mera expectativa de lazer e divertimento, nos consumos de substâncias que matam o bem estar físico e mental.

Com nomes diversos, conhecidas por NSP (novas substâncias psicoativas) com efeitos alegadamente semelhantes à cannabis, cocaína, heroína e outras ditas tradicionais, são objecto de campanhas de informação, formação, divulgação e ainda assim persistem consumos destas autênticas “porcarias”, para as quais nem resposta científica adequada se conhece.

Por outro lado, a Lei n.º 33/2018, de 18 de julho, estabeleceu o quadro legal para a utilização de medicamentos, preparações e substâncias à base da planta da canábis para fins medicinais. O Decreto-Lei n.º 8/2019, de 15 de janeiro, procedeu à sua regulamentação para salvaguardar a proteção da saúde pública e a prevenção do uso indevido.

Estamos longe da uniformização de entendimentos. A confusão entre o que faz bem e o que faz mal, deve ser esclarecida nos diferentes contextos. Saltam notícias dos milhões transacionados e das expectativas de negócio da indústria farmacêutica em diversas possíveis valências no contexto do cuidar.

Desde o bom nascimento, ao crescimento saudável até ao envelhecimento em paz e tranquilidade, “a tua vida importa-nos”, é o lema que se adequa em todos os contextos.