Árbitras na 1.ª liga de futebol
Quem anda – mais ou menos – nos meandros do futebol, conhece naturalmente a medíocre qualidade da arbitragem portuguesa.
Já tivemos anos de “ boas colheitas”, anos de “colheitas assim-assim”, mas, ultimamente, tem sido uma verdadeira razia quanto à qualidade de árbitros diz respeito.
Não que isso seja surpreendente, pois “más colheitas” existem todos os anos neste País, desde as uvas às maçãs, passando pelos cereais, enfim, chegando à agricultura em geral.
Só que estas colheitas ninguém lhes paga (bem) para serem más, enquanto no que diz respeito aos senhores árbitros estão a ser principescamente pagos mesmo maus que sejam.
Lá foi o tempo da “carolice”, da legítima presunção pessoal, que levava um árbitro (quase) a por dinheiro do bolso para arbitrar.
Hoje – Graças a Deus, Nosso Senhor – são muito bem pagos, havendo, inclusive, certas “más-línguas” a afirmar que são os “novos-ricos “ do futebol.
Bom, mas deixemo-nos de rodeios e vamos ao que interessa.
Um árbitro nunca teve tantos mecanismos ao seu dispor para fazer um bom trabalho como hoje possui.
Se não o faz, não acreditamos que seja porque não quer, mas porque, infelizmente, não tem capacidade para o fazer.
E nesse caso sugeríamos que, os jogos, nem que só fossem os da 1.ª Liga, deveriam ser entregues a árbitras.
Isto porque temos acompanhado o futebol feminino e assistido não só a grandes jogos, como a excelentes arbitragens!
Dava um descanso aos nossos árbitros, um tempo para se aperfeiçoarem melhor, nalguns jogos até poderiam aprender algo mais com as suas colegas de profissão e quando estivessem melhor preparados voltariam ao desempenho das suas funções.
Caso esta nossa modesta sugestão não mereça credibilidade, poderá sempre haver outras alternativas.
Colocar, por exemplo, mais quatro árbitros em campo. Um entre a ”bandeirola“ e o lado direito de cada baliza e outro entre o lado esquerdo de cada baliza e a outra “bandeirola”, e três no VAR, os quais a juntar aos quatro já existentes em jogo, ficariam, então, com uma visão total do jogo e, curiosamente, com o mesmo número (11) de elementos das outras 2 equipas.
Estas ideias (brilhantes) que tivemos já lá vêm de muito tempo, mas achamos o momento indicado para as publicar depois de vermos o jogo Marítimo – Casa Pia do passado domingo.
Manter um clube de futebol, seja qual for, mas, particularmente, um que tenha pergaminhos a defender, não é coisa fácil.
Tem de pagar ordenados (alguns chorudos) aos jogadores, muitas vezes para jogarem mal e pagar a treinadores (também alguns ordenados chorudos) que nem sempre têm a melhor tática, fazem as devidas substituições ou retificações no decorrer do jogo e ainda por cima ter que aguentar com más arbitragens, é muita “areia “ para a “carroçaria” de qualquer clube.
Para concluir, queremos dizer que, aqui estamos a tentar dar uma ajudinha para a solução dos problemas existentes (só) num jogo de futebol, porque para endireitar a modalidade, não era só 1, nem 11, talvez uns 111 em união… de barba rija e cacete na mão.
Juvenal Pereira