Madeira

PS critica falta de apoio do Governo Regional ao investimento privado

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O presidente do PS-Madeira, Sérgio Gonçalves, defendeu, hoje, mais apoio para as empresas no próximo quadro comunitário, de forma a "criar mais e melhores empregos".

Sérgio Gonçalves falou à margem de uma visita do grupo parlamentar à empresa 'Autocrescente', tendo na ocasião salientado que "parte dos 100 milhões de euros, da linha de crédito ‘Investe RAM’, anunciada em 2020, que supostamente tinham sido distribuídos pela economia e pelas empresas, ainda não foram entregues".

Desde o início que o Partido Socialista alertou para essa situação, que não havia naquele momento a atribuição de apoios a fundo perdido, os tais 100 milhões que o secretário regional da Economia tanto falava, e já este ano, passados mais de dois anos desde esse anúncio, os números oficiais revelam que ainda nem chegaram a ser entregues às empresas, a título de fundo perdido, 30 dos tais 100 milhões prometidos." Sérgio Gonçalves.

Acrescentou ainda que, "por outro lado", "decorre uma comissão de inquérito precisamente relacionada com esta linha de crédito, em que nem 10% das empresas regionais chegaram a candidatar-se devido aos critérios que foram definidos".

Um dos critérios foi a redução de 40% na faturação, algo que nem os próprios responsáveis das entidades públicas souberam explicar como foi definido, e que impediu muitas empresas de acederem a essas linhas de crédito para posteriormente terem a tal conversão a fundo perdido." Sérgio Gonçalves.

O líder dos socialistas lembrou que “o PRR seria uma segunda oportunidade para que o Governo Regional apoiasse as empresas da Região, mas aquilo a que assistimos foi que, perante os 561M€ que a Região teve à sua disposição, estes foram todos alocados a investimento público, com projectos definidos e geridos a 100% pelo Governo Regional, excluindo uma vez mais as empresas regionais”.

Desta forma, Sérgio Gonçalves considerou essencial que “no próximo quadro comunitário de apoio, estas situações sejam corrigidas, as empresas da Região têm que ser apoiadas, e, portanto, temos que assegurar medidas para que possamos ter, efectivamente, uma economia mais resiliente, possamos ter empresas mais sólidas financeiramente, que se possam recapitalizar e desse modo também gerar emprego, emprego qualificado, bem remunerado, e assim melhorar a vida de todos os madeirenses”, concluiu.