Burocracias dificultam o combate dos problemas aditivos
"Este problema não começou em Outubro do ano passado", disse o presidente da Câmara Municipal do Funchal, Pedro Calado, relativamente aos comportamentos aditivos na Região, mais concretamente no município que gere.
Situações de sem abrigo, adição ao álcool e substâncias psicoactivas agravaram-se principalmente depois do período de pandemia, explicou.
'Todos nós temos culpa", disse, acrescentando que o trabalho tem de feito por todos: sociedade, autarquias, Governo Regional e instituições.
Contudo, o combate fica condicionado com as "burocracias" existentes.
Às vezes a resposta pública não é mais rápida porque temos um país muito centralizado na burocracia Pedro Calado, presidente da Câmara Municipal do Funchal
Na abertura da IV Convenção sobre Comportamentos Aditivos e Dependências da Madeira, que decorre hoje e amanhã, na Casa de Saúde São João de Deus, Calado anunciou ainda que foram retiradas das ruas 17 pessoas em situação de sem-abrigo.
"Não é muito, mas é um bom indício", afirmou, acrescentando que no município do Funchal estima-se existir cerca de 100 pessoas nesta situação.
Pedro Calado deu conta do trabalho que a autarquia tem vindo a fazer nesta área, nomeadamente através do projecto 'Habitação Solidária', nos Ilhéus, que se destina a acolher quatros pessoas sem-abrigo a viver, presentemente, nas ruas do Funchal, estando já em fase de lançamento um novo projecto idêntico na zona dos Barreiros. Um trabalho desenvolvido em pareceria com a Segurança Social.
Enquanto houver um sem-abrigo na rua, nós não vamos descansar, enquanto houver um jovem a consumir droga na rua, nós não vamos descansar, podem contar com o apoio da CMF, para todos juntos combatermos esta problemática." Pedro Calado, presidente da Câmara Municipal do Funchal.