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Itália estabelece limite máximo no aquecimento para economizar gás

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Os edifícios com aquecimento a gás em Itália irão funcionar durante menos quinze dias este inverno e terão um limite máximo de temperatura, reduzido em um grau centígrado, segundo as medidas anunciadas ontem pelo governo para economizar energia.

O ministro da Transição Ecológica, Roberto Cingolani, com competências em matéria de energia, assinou o decreto que define os novos limites temporários para o funcionamento dos sistemas de aquecimento e climatização a gás natural.

As medidas constam do Plano de Redução do Consumo de Gás, que se divide em duas estratégias: a diversificação da fonte, que conseguiu substituir a Rússia pela Argélia como principal fornecedor, e a redução da procura interna.

Para isso, o decreto estabelece que o tempo de funcionamento deste tipo de aquecimentos será reduzido numa hora por dia e durante todo o período de inverno será reduzido em quinze dias, atrasando a data de início em oito e adiantando a data de término em sete.

O governo italiano decidiu ainda reduzir em um grau centígrado a temperatura máxima para esses edifícios.

O decreto estabelece uma temperatura máxima de 17 graus centígrados, com uma tolerância de dois, para os estabelecimentos dedicados à atividade industrial ou comercial e de 19 graus, também com cerca de dois graus de tolerância, para os restantes edifícios.

O decreto inclui uma série de exceções, já que esta limitação não se aplicará a hospitais, ou serviços similares, a creches ou piscinas e saunas.

Com estas ações, o governo italiano calcula que o consumo pode ser reduzido em pelo menos 8.200 milhões de metros cúbicos de gás natural, em linha com os 15% solicitados pela União Europeia.

Por outro lado, em 01 de setembro a Itália conseguiu que o nível de gás armazenado atingisse 83% de sua capacidade total para enfrentar o próximo inverno.

Devido à crise energética gerada devido à invasão russa da Ucrânia, a Comissão Europeia propôs hoje um prolongamento do quadro temporário de ajudas estatais para os Estados-membros da União Europeia (UE) terem mais margem para compensar os altos preços da energia.

Por outro lado, a Comissão aprovou também hoje o reforço do apoio às indústrias intensivas em gás, para 40% sobre o custo elegível, permitindo aumentar o limite de apoio de 400.000 euros para 500.000 e alargamento à indústria transformadora agroalimentar.