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Dezanove extremistas abatidos e duas meninas de Chibok resgatadas na Nigéria

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Pelo menos 19 extremistas foram mortos em operações militares contra o fundamentalismo islâmico nas últimas duas semanas no nordeste da Nigéria, e resgatados 14 civis, incluindo duas meninas sequestradas em Chibok em 2014, anunciaram ontem fontes militares.

Em declarações à imprensa em Abuja, o porta-voz militar, major-general Musa Dan Madami, disse que entre os resgatados estavam duas das mais de 276 meninas sequestradas pelo grupo extremista Boko Haram em abril de 2014 de um internato na cidade de Chibok, em Borno.

"Foram neutralizados 19 terroristas e detidos 42 fornecedores de logística" dos 'jihadistas', disse o porta-voz militar.

Durante as operações, que ocorreram no estado de Borno entre 22 de setembro e 04 de outubro, mais 29 extremistas foram detidos e capturadas seis espingardas AK-47, 14 carregadores de munição e uma espingarda de combate, entre outras armas.

Durante o período das operações, um total de 418 extremistas e familiares - incluindo 44 homens, 135 mulheres e 239 menores -, entregaram as suas armas em diferentes locais,

O nordeste da Nigéria tem sido alvo de ataques do Boko Haram desde 2009, uma violência que se agravou desde 2016 com o aparecimento de uma cisão nesta organização, o movimento Estado Islâmico na Província da África Ocidental (Iswap, no acrónimo em inglês).

Os dois movimentos pretendem impor um Estado de estilo islâmico na Nigéria, país de maioria muçulmana no norte e predominantemente cristã no sul.

O Boko Haram e o Iswap mataram mais de 35.000 pessoas e causaram cerca de 2,7 milhões de deslocados internos, principalmente na Nigéria, mas também em países vizinhos como Camarões, Chade e Níger, segundo dados do governo e das Nações Unidas.

Recentemente, ataques de extremistas islâmicos em outras áreas do país - como o assalto em 05 de junho a uma prisão em Abuja que permitiu a fuga de mais de 440 detidos -- suscitou alarme sobre uma possível expansão da área de ação desses grupos.