Madeira

JPP acusa Governo Regional de deixar o "sector primário ao abandono"

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O vice-presidente do grupo parlamentar do Juntos pelo Povo (JPP), Rafael Nunes", acusa o Governo Regional de deixar do sector primário "ao abandono".

Fomos confrontados, recentemente, com uma manobra propagandística do Governo Regional que enaltece a ligeira descida dos preços do combustível como um feito resultante exclusivamente das políticas regionais. Curiosamente, tal manobra “esquece-se” de referir que esta alteração à factura energética, não abrange os combustíveis praticados nas gasolinas conhecidas por 'low-cost' (actualmente vedadas pelo PSD aos madeirenses), continuando também a subsistir a diferença de quase 10 euros na aquisição de uma garrafa de gás relativamente ao valor que se cobra nos Açores. Mas a diferença dentro do setor dos combustíveis onde os pescadores e agricultores madeirenses continuam a pagar mais 31,7% e 10% na fatura dos combustíveis que os congéneres açorianos. Rafael Nunes, vice-presidente do grupo parlamentar do JPP

O deputado afirma que é "chocante" constatar, por exemplo, que "um armador que abasteça 10 mil litros de combustível na Madeira paga mais de 3 mil euros do que um armador açoriano. São custos de produção que os armadores regionais têm de acomodar para o desempenho da sua actividade", disse, reforçando que nos passados dois dias, "recebemos a notícia de que os agricultores juntam as suas vozes aos protestos dos pescadores, e que todo o sector primário está descontente com as condições e valores pagos pelos seus produtos".

De acordo com Rafael Nunes, os profissionais do sector primário, a par do JPP, alertam para a forma como o Governo Regional tem vindo a "prejudicar" os agricultores e a agricultura regional.

Não se consegue compreender que, num momento particularmente sensível, onde os factores de produção aumentaram de uma forma vertiginosa, onde os adubos agrícolas quase duplicaram, onde o aumentos dos combustíveis faz aumentar escandalosamente o custo das matérias-primas, o Governo continua a olhar para o lado, ignorando o sector em vez de o proteger. Pouco a pouco “cai a máscara” à propaganda do Governo Regional e, rapidamente, produtores e pescadores chegam à mesma conclusão: que o que faz o Governo não é apoiar o sector primário, é promover a escravidão.