Autoridades ucranianas relatam dois ataques com mísseis em Zaporijia
As tropas russas atacaram com mísseis hoje, por duas vezes, a região de Zaporijia, cidade no sul da Ucrânia, deixando pelo menos dois mortos e oito feridos, relataram as autoridades ucranianas.
"Atenção. Mais um ataque de mísseis do inimigo", alertou o chefe da administração militar regional de Zaporijia, Oleksandr Staruj, numa breve mensagem na rede social Twitter, citada pelas agências de notícias ucranianas Ukrinform e Unian, pedindo ainda à população que se proteja os ataques.
Também Anatoly Kurtev, secretário do conselho da cidade de Zaporijia, escreveu na rede social Telegram que os "malditos russos não deixam a cidade em paz" ao relatar que "o inimigo atacou novamente infraestruturas", referindo-se ao segundo ataque do dia.
Kurtev também recomendou que a população tenha cuidado e fique "em locais seguros".
No primeiro bombardeamento nesta manhã em Zaporijia, duas mulheres morreram e oito pessoas tiveram que ser hospitalizadas. Muitos outros afetados pelo ataque foram resgatados, incluindo uma menina de três anos, disse a agência de notícias Unian.
Neste primeiro ataque, o Exército russo disparou sete foguetes contra prédios residenciais e, como resultado do ataque, dois prédios de vários andares foram destruídos.
O bombardeamento afetou um prédio com doze apartamentos onde moravam 59 pessoas.
A ofensiva militar lançada em 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países europeus --, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia -- foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.114 civis mortos e 9.132 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.