As eleições no Brasil
Venha o diabo e escolha, passava pela cabeça de muitos durante o largo período de desagradável, insultuosa e até violenta campanha eleitoral. Mas já acabou. A democracia funcionou. Agora é tempo de concertação e de... conserto.
Para Lula produziu efeitos positivos a adesão da 3ª candidata mais votada, Simone Tebet, de centro-direita, o apoio público dos ex-presidentes Sarney e do social-democrata Fernando H. Cardoso. Este justificando a sua posição com a necessidade imperiosa de defender a democracia e as suas instituições.
Pelo comportamento do ainda inquilino do Planalto e pela declaração que duvidava dos resultados eleitorais se não ganhasse. Exibindo desrespeito pela democracia e insinuando o que a mais aconteceria se perdesse. Ameaça que, perante o “score” final adverso, parecia querer confirmar-se. Uma “trumpice” mostrando mau perder. Provavelmente inviabilizada (ou não?) pelas prontas felicitações ao vencedor de Biden entre vários outros líderes europeus e mundiais.
O povo ditou. O carioca está de saída. Pela porta pequena. A das traseiras. E leva com ele o ridículo padre (?) que se candidatou para o ajudar, o apoiante que recebeu a polícia à granada e aos tiros ou a deputada que corria armada atrás de um popular.
Já quanto ao regressado que interiorize que para muitos foi um mal menor. O processo de moderação que vem dando mostras o faça ser mais presidente e menos PT. Que ouça mais as figuras destacadas que o apoiaram e menos certos “petistas”. A ver se, para os brasileiros e para o exterior, passa a imagem de pacificação, civilidade e competência que o país carece e merece. O seu discurso de vitória foi o primeiro bom indicador. Que não seja o último.