Funchal é a 3.ª cidade do país que mais esforço destina para arrendar casa
Taxa de esforço no arrendamento na Madeira sobe de 33 para 44% em um trimestre
A cidade do Funchal, com taxa de esforço de 48%, é a terceira cidade que mais exige do orçamento familiar para arrendar uma casa. No total da ilha da Madeira, o arrendamento leva 44% dos rendimentos, registando o maior aumento anual, ainda assim bem atrás da média nacional, muito condicionado pelo que se passa nas duas principais cidades portuguesas, Lisboa e Porto.
"A percentagem do rendimento familiar necessário para pagar o arrendamento de uma casa em Portugal aumentou no último ano, passando de 48% em 2021 para os 54% deste ano", conclui um estudo realizado pelo 'idealista', portal imobiliário, "que cruzou os preços de arrendamento em Setembro de 2022 e a estimativa dos rendimentos familiares na mesma data".
Como referido, "foi na ilha da Madeira onde a taxa de esforço para arrendamento de uma casa mais aumentou, passando dos 35% dos rendimentos familiares no terceiro trimestre de 2021 aos 44% deste ano. Segue-se Lisboa (de 47% para 56%), Faro (de 39% para 47%), Setúbal (de 37% para 44%), Guarda (de 25% para 32%) e Castelo Branco (de 30% para 36%)", acrescenta.
Em sentido contrário, "os menores aumentos do esforço para arrendar casa aconteceram Aveiro (de 35% para 36%), ilha de São Miguel (de 32% para 33%) e Braga (de 31% para 34%). Em Évora, a taxa de esforço manteve-se inalterada e em Bragança desceu de 34% para 31%, sendo a única descida do país".
Por distrito/região autónoma, Lisboa é o que "mais esforço exige aos seus habitantes, sendo necessário destinar 56% do rendimento familiar para pagar a renda". Seguem-se "os distritos do Porto (48%), Faro (47%), Setúbal (44%), ilha da Madeira (44%), Coimbra (39%), Viana do Castelo (38%), Beja (37%), Leiria (37%), Évora (37%), Aveiro (36%) e Castelo Branco (36%). Os distritos que exigem menos de 35% dos rendimentos são Braga (34%), Viseu (34%), Santarém (33%) e ilha de São Miguel (33%)", frisa o 'idealista'. Por outro lado, "o menor esforço encontra-se em Portalegre (28%), Vila Real (31%), Bragança (31%) e Guarda (32%)".
Analisando por capitais de distrito, "a tendência é similar", garante. "A maior subida aconteceu em Lisboa, onde passou de 47% a 61% do rendimento familiar. Seguem-se as subidas do Funchal (de 38% a 48%), Porto (de 38% a 45%), Portalegre (de 31% para 37%), Castelo Branco (de 31% para 37%), Vila Real (de 26% para 31%), Guarda (de 29% para 34%) e Faro (de 36% para 41%)".
Já "Braga foi a capital de distrito onde menos aumentou a taxa de esforço para pagar a renda, passando de 32% para 33%, seguida por Leiria (de 33% para 35%), Setúbal (de 36% para 39%), Ponta Delgada (de 33% para 36%) e Coimbra (de 37% para 40%). Em Bragança e Santarém a taxa de esforço manteve-se inalterada no último ano e em Beja desceu de 37% a 36%, sendo a única descida do país", frisa.
Por cidades, "Lisboa é a cidade que mais esforço exige aos seus residentes, uma vez que é necessário disponibilizar 61% do rendimento familiar. Seguem-se o Funchal (48%), Porto (45%), Évora (44%), Faro (41%), Viana do Castelo (41%), Coimbra (40%), Setúbal (39%), Aveiro (37%), Castelo Branco (37%), Portalegre (37%), Ponta Delgada (36%), Beja (36%), Leiria (35%), Guarda (34%) e Viseu (34%)". Por outro lado, "a taxa de esforço mais baixa, encontra-se em Bragança (29%), Vila Real (31%), Santarém (32%) e Braga (33%)", conclui.