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Vitória de Lula da Silva confirmada com todos os votos contados

Foto  EPA/Sebastião Moreira
Foto  EPA/Sebastião Moreira

Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito Presidente do Brasil, com 50,9%, derrotando Jair Bolsonaro, que obteve 49,1%, depois de contados todos os votos, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O candidato do Partido dos Trabalhadores (esquerda), de 77 anos, obteve mais de 60,3 milhões de votos (50,9% do total), com uma vantagem superior a 2,1 milhões face a Bolsonaro (extrema-direita), que conseguiu 58,2 milhões (49,1%), nas presidenciais de domingo, indicou o portal do TSE.

Lula da Silva, que já cumpriu dois mandatos entre 2003 e 2011, regressa agora ao Palácio do Planalto.

O presidente do TSE já tinha felicitado, no domingo, o "Presidente eleito" Lula da Silva pela vitória, numa altura em que estavam contadas 99,93% das secções de voto.

"Telefonei aos dois candidatos e felicitei-os por terem participado nesta celebração da democracia que são as eleições", disse Alexandre de Moraes, em conferência de imprensa.

Acrescentou que, a Lula, também estendeu felicitações como "Presidente eleito" e, embora não tenha revelado o teor da conversa com Bolsonaro, disse estar convencido de que o líder da extrema-direita aceitará o resultado, apesar de muitas vezes ter insinuado que poderia não o fazer em caso de derrota.

"Não creio que tenha havido qualquer problema", mas "se houver alguma disputa, desde que dentro do jogo eleitoral, ela será tratada como convém a um Estado de Direito", disse.

Ainda assim reiterou repetidamente que o processo foi "limpo, seguro e transparente".

O atual Presidente e candidato derrotado ainda não comentou os resultados.

Contudo, Moraes insistiu que não espera quaisquer problemas por parte de Bolsonaro: "O resultado foi proclamado, será aceite" e "não prevemos qualquer risco real de contestação", sublinhou.

O magistrado falou rodeado pelos outros seis membros da justiça eleitoral, quase todos os juízes do Supremo Tribunal e o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, numa mensagem institucional clara em defesa da transparência do processo eleitoral, frequentemente questionada por Bolsonaro.

"Aqueles que ganharam as eleições sabem que tiveram mais votos e aqueles que perderam sabem que lhes faltam votos", salientou.