Cônsul-geral garante que urnas em Lisboa fecham às 17 horas
O cônsul-geral do Brasil em Lisboa garantiu hoje aos jornalistas que as urnas para os eleitores brasileiros na capital portuguesa, que estão a votar para segunda volta das eleições presidenciais no seu país, fecham às 17:00, como previsto.
"Esta votação está transcorrendo com absoluta normalidade, não houve registo de qualquer incidente até ao momento e nós esperamos encerrar as votações às cinco horas da tarde", afirmou Wladimir Valler Filho numa conferência de imprensa hoje à tarde, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (FDUL), onde decorre a votação para a segunda volta das presidenciais brasileiras.
Na primeira volta destas eleições, que decorreu a 02 de outubro, o diplomata anunciou um pouco antes de faltar meia hora para o encerramento das urnas, também previsto então para as 17:00, que o horário de votação seria prolongado até às 20:00, porque àquela hora ainda havia milhares de pessoas nas filas para votarem.
"Às 13:28 já não havia fila fora da universidade. Houve um grande afluxo de eleitores na parte da manhã, uma concentração maior, mas ao início da tarde já não havia mais fila e não temos mais fila neste momento", explicou o cônsul, o que não acontecia a 02 de outubro à mesma hora.
Porém, Wladimir Valler Filho reafirmou que o eleitor que hoje se encontrar fora da universidade à hora do fecho das urnas - 17:00 - poderá ainda votar.
O diplomata recordou as medidas que foram adotadas pelo consulado para agilizar as filas de votação em Lisboa para esta segunda volta das eleições, para que não sucedesse o mesmo que tinha acontecido na primeira volta, e salientou que "isso contribuiu realmente para que o resultado" que se está a verificar hoje, que "é um processo de votação muito rápido, muito ágil".
O cônsul-geral referiu que até agora já votaram "por volta de 20 mil pessoas", em Lisboa.
Quanto a incidentes a registar o cônsul disse que houve "apenas uma urna com problemas". Na sala 21, "houve uma queda de energia num determinado momento", o que levou à paragem da urna, e quando esta voltou a ser ligada "não funcionava", relatou o diplomata, garantindo que aquela urna foi "imediatamente trocada por uma das urnas de contingência [...] e o processo seguiu normalmente".
Dessa urna, Wladimir Valler garantiu que não houve votos anulados: "Os votos estão todos registados".
Um total de 80.896 eleitores brasileiros estão registados para votar em Portugal na segunda volta das presidenciais, que decorre hoje no Brasil e no exterior.
Em Portugal, os eleitores votam, além do Porto e Lisboa, também no consulado em Faro, onde há 5.525 pessoas aptas para votar.
As assembleias de voto abriram às 08:00 e fecham às 17:00, com os resultados a serem afixados, após o apuramento da contagem, na porta de entrada da FDUL, além do exterior de cada uma das salas, como prevê a lei eleitoral brasileira.
Fora do país, no total, o Brasil criou assembleias de voto em 159 cidades, num total de 97 países.
O total de eleitores brasileiros no exterior cresceu 39% face às eleições de 2018, atingindo os 697.084.
O voto no Brasil é obrigatório pelo que os eleitores registados em Portugal e que, por alguma razão, estejam no Brasil no dia da votação poderão fazê-lo desde que tenham previamente formalizado o pedido de transferência do local de voto.
A segunda volta das presidenciais brasileiras é disputada pelo Presidente Jair Bolsonaro, que se recandidata a um segundo mandato, e pelo antigo chefe de Estado Luiz Inácio Lula da Silva.
Lula da Silva venceu a primeira volta das presidenciais com 48,4% dos votos face a 43,2% dos votos obtidos por Jair Bolsonaro.