Autoridades venezuelanas desmantelam rede de tráfico e exploração sexual de jovens
As autoridades venezuelanas desmantelaram hoje uma rede de tráfico humano que explorava jovens mulheres na prostituição e tinha como centro de operações um cabeleireiro em La Guaira, 28 quilómetros a norte de Caracas, na Venezuela.
Segundo o secretário de Segurança Cidadã Integral de La Guaira, Andrés Gonçalves, foram ainda detidos dois homens e uma mulher por, alegadamente, pertencerem àquela rede.
Na base desta operação esteve uma denúncia, ocorrida em 22 de outubro, tendo a polícia encontrado no local três jovens que tinham sido aliciadas através do cabeleireiro.
De acordo com Andrés Gonçalves, o cabeleireiro era usado para comercializar raparigas com idades entre os 16 e os 22 anos.
Por outro lado, o Ministério Público (MP) da Venezuela, anunciou que as autoridades venezuelanas vão iniciar, na terça-feira, o julgamento dos responsáveis por uma agência de modelos, a "Sambil Model", envolvidos no tráfico, exploração sexual e prostituição de jovens.
Segundo o MP, o caso remonta a março de 2021, quando sete jovens foram detidas no Estado de Bolívar (sudoeste de Caracas) depois de terem sido recrutadas pela agência.
"Todas elas faziam parte de uma rede nacional de prostituição que 'como supostos talentos' foram contratados por 1.500 bolívares venezuelanos (cerca de 177 euros) por noite para atuarem como acompanhantes e anfitriãs, e assim oferecerem os seus serviços sexuais" em festas, explicou.
Na altura foi detida a diretora da agência de modelos, Jenny Lorena Rosales, no Aeroporto Internacional Simón Bolívar de Maiquetía, quando pretendia apanhar um voo internacional.
As autoridades procuram ainda um cúmplice, Antonio Parada, cujo paradeiro é desconhecido.