Madeira

Comissão de Farmácia aposta numa melhor adequação da prescrição de medicamentos

Herberto Jesus entende que passar uma receita é falar de "acto social" e não apenas de saúde

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A nova Comissão Regional de Farmácia e Terapêutica reúne, pela primeira vez, esta sexta-feira.

Em cima da mesa estará, conforme deu conta, ao DIÁRIO, o director regional da Saúde, a definição de protocolos e orientações para uma melhor adequação da prescrição de medicamentos na Região.

Herberto Jesus, antes da reunião, referia que o trabalho passará, numa primeira instância, por "analisar todo o mercado do medicamento da Região Autónoma da Madeira" com o objectivo de "perceber o que está a ser feito e como pode ser melhorado ".

No limite, pretende esta comissão promover uma prescrição que seja "adequada", "segura", "com qualidade", mas que tenha em conta, também, "a situação economico-financeira das pessoas". E concretiza, dizendo que se for possível receitar um medicamento que seja "mais barato, mas que tenha o mesmo efeito, é melhor para as pessoas".

Por essa razão, o director regional da Saúde entende que, actualmente, passar uma receita deixou de ser apenas um acto médico, passa se tornar num "acto social".

Nesse sentido, Herberto Jesus defende que a prescrição seja adequada, de modo a tornar o mercado do medicamento "mais racional".

Embora estas intenções não sejam novas, e muitas até já estejam em prática, seguido as orientações do INFARMED, o director regional salienta que a nova dinâmica nacional e internacional requer uma abordagem melhorada destes paradigmas, de "forma mais consistente e mais observadora".

Sobre a falta de medicamentos, que afecta também a Região, o clínico nota que "o mercado pode não ser muito apetecível", mas, no geral, diz não haver falta de fármacos. "Quando há falta de um, há quase sempre outro que consegue substituir", desdramatizando situações pontuais.