Mário Nogueira calado é um poeta!
Esta semana leu-se na imprensa nacional que o presidente da FENPROF, Mário Nogueira, acusa o Governo da República de discriminação e exige aumentos iguais aos dos técnicos superiores.
Considera este "professor" que o aumento salarial de 104€ previsto para os técnicos superiores deveria incluir também os docentes, para manter a paridade entre as duas carreiras.
Acho que este representante dos docentes nunca teve tanta razão... É necessário continuar a pugnar pela paridade entre estas duas carreiras, pois não se compreende como é que a de técnico superior foi revista e a carreira docente não.
Atualmente o ingresso como técnico superior faz-se com remuneração de 1268,04€, enquanto que o ingresso na carreira docente faz nos 1536,90€.
Com uma avaliação de Bom, um técnico superior altera de posição remuneratória de 10 em 10 anos, sendo que um docente tem uma progressão, em regra, de 4 em 4 anos (daí ser chamada de "carreira especial").
Em 12 anos um técnico superior avaliado com Bom mudou 1 vez de posição remuneratória (1424,38€), sendo que o professor já obteve 3 progressões (2006,25€), perfazendo uma diferença abismal de 581,87€.
Isto sem abordar a questão do horário efetivo, visto que um docente tem uma componente letiva e não letiva de aproximadamente 26 horas e um técnico superior trabalha 35 horas semanais.
Como dizia o outro: Mário Nogueira calado é um poeta!
Carlos F. Santos