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Como vão as novas gerações comprar casa?

Está cada vez mais difícil. São intransponíveis para a grande maioria os tremendos obstáculos com que se deparam os jovens para comprar habitação, poder constituir família, procriar combatendo a baixa natalidade e ficando na sua terra evitando a emigração nociva de quadros para o exterior. Mas o sector público vai dar uma ajuda.

Aproveitando as verbas disponíveis no PRR serão canalizados 128,4 milhões para construção ou aquisição de residências. Não se trata da edificação de novos bairros sociais e, neste caso, os destinatários não serão exactamente os mesmos. Ter-se-á em conta, agora, os mais novos e aqueles que pretendem constituir família para poderem seguir a sua vida com independência.

Está já manifestada a intenção de aquisição de cerca de 533 habitações a operadores privados. E é pretensão concomitante iniciar empreitadas públicas para o desenvolvimento de 270 em terrenos que já são regionais ou municipais. A distribuir por vários concelhos.

Todos estes apartamentos serão concedidos às pessoas em regime de arrendamento acessível. A estimativa é de atribuição de cerca de 800 nos próximos 2-3 anos.

São números animadores tendo em conta as dificuldades, não só dos jovens para encontrarem casas que possam comprar ou mesmo alugar a preços possíveis, como das famílias que se constituem e ainda ganham de forma insuficiente para embarcarem em tamanhas responsabilidades. O impulso público vem ajudar os que estão determinados em manter a esperança. Desta feita dando prioridade a estes dois sectores fundamentais, contribuindo também para impedir a emigração, a perda de jovens quadros e a baixa natalidade.