"Nenhum doente teve de interromper a terapêutica devido à greve dos farmacêuticos"
Presidente do Sindicato Nacional do Farmacêuticos dá a garantia, relativamente a todo o País, o que inclui a Madeira
"Nenhum doente teve de interromper a terapêutica devido à greve dos farmacêuticos." A garantia foi dada, ao DIÁRIO, pelo presidente do Sindicato Nacional dos Farmacêuticos. Henrique Reguengo também assegurou que nenhuma terapêutica urgente deixou de ser iniciada pelo mesmo motivo.
Na Madeira, na Hospital Dr. Nélio Mendonça, à semelhança do que aconteceu em várias outros hospitais, houve pessoas que se dirigiram à Farmácia Hospitalar para levantar medicação e que não o puderam fazer, devido à greve. Os casos que mais nos foram relatados dizem respeito ao ambulatório de hemato-oncologia.
Henrique Reguengo admite que isso possa ter acontecido, mas lembra que os doentes de ambulatório não estão a iniciar a terapêutica, mas a continuá-la. Por isso, à partida, terão medicação para mais alguns dias. No entanto, se comprovadamente já não a tiverem, os farmacêuticos, que cumprem os serviços mínimos, asseguram a entrega, exactamente para que não haja interrupção de terapêuticas.
Sobre a adesão à greve, neste segundo de dois dias de paralização, o presidente do SNE ainda não dispõe de números precisos da Madeira, mas estima que seja, no mínimo, igual à de ontem, que, nas contas do Sindicato, aproximou-se de 90%.
Elevada adesão à greve dos farmacêuticos do SESARAM
Hoje e amanhã, há greve nacional dos profissionais dos serviços públicos de saúde
Henrique Reguengo diz que, no continente e nos Açores, este segundo dia de greve até tem uma adesão ligeiramente superior, superando os 92%.
Ontem, já com a greve em curso, vários doentes, cerca de 20, deveriam receber uma injecção intra-ocular, no Serviço de Oftalmologia, o que não veio a acontecer. O problema, relatado ao DIÁRIO e publicado na edição impressa de hoje, é que estiveram toda a manhã em preparação, nomeadamente com a aplicação de gotas anestésicas, e só pelas 13h30 foram informados de que não lhes seria realizada a injecção, por os serviços farmacêuticos não as haver preparado. Entre esses doentes havia idosos e diabéticos.
O DIÁRIO pediu explicações, ontem, ao SESARAM, que diz ir apura o que aconteceu. Ainda não obtivemos uma explicação.
Existe um pré-aviso de greve, dos Farmacêuticos dos serviços públicos, tal como a de ontem e de hoje, par os dias 15 e 16 de Novembro.
Os enfermeiros reclamam, em síntese, por progressões nas carreiras, a contratação de mais recursos humanos e o fim dos vínculos precários de trabalho.