Rejeitado pedido para investigar Bolsonaro sobre meninas venezuelanas
O Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou hoje pedidos feitos pela oposição brasileira para investigar o Presidente do país, Jair Bolsonaro, devido a declarações sobre menores venezuelanas.
"Mais uma vez, observo que o Poder Judiciário não pode ser instrumentalizado pelas disputas político-partidárias ou mesmo ideológicas, dando revestimento jurídico-processual ao que é puramente especulativo e destituído de bases mínimas de elementos aptos a configurar a necessária justa causa para a persecução penal", declarou, citado na imprensa local, o juiz André Mendonça.
"A despeito das especulações levantadas na maioria das representações, não há quaisquer elementos minimamente concretos, ou mesmo lógicos, a indicar na fala presidencial que algum ato de ofício tenha sido retardado ou deixado de ser praticado", acrescentou.
A campanha de Lula da Silva tem adotado como estratégia associar Jair Bolsonaro à pedofilia depois de o Presidente afirmar ter-se encontrado com raparigas venezuelanas entre os 14 e os 15 anos na periferia de Brasília, a quem pediu para o deixar entrar em sua casa depois de "pintar um clima".
O chefe de Estado pediu desculpa por ter insinuado que as jovens refugiadas venezuelanas em Brasília eram prostitutas, mas alegou que as suas palavras foram "distorcidas" pela oposição.
Numa entrevista a um 'podcast', Lula da Silva disse que "Bolsonaro se comporta como um pedófilo".
Luiz Inácio Lula da Silva venceu a primeira volta das eleições com 48,4% dos votos e Jair Bolsonaro recebeu 43,2%, pelo que os dois candidatos terão de se enfrentar numa segunda volta marcada para domingo.