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Trienal de Arquitectura abre ciclo de conferências na quarta-feira com a "Terra" em vista

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Foto TSF

O ciclo de conferências "Talk, Talk, Talk" no âmbito da Trienal de Arquitectura de Lisboa, que reúne especialistas de diferentes áreas, do urbanismo à antropologia e à filosofia, começa na quarta-feira na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

Esta sexta edição da Trienal, que teve início no final de setembro, realiza-se sob o mote "Terra" e, sobre o ciclo de conferências, a organização afirma ter desafiado "personalidades de renome de diferentes campos disciplinares a partilharem a sua visão sobre a importância da reflexão proposta".

As conferências decorrem até à próxima sexta-feira, no auditório 2 da Fundação Gulbenkian, entre as 18:00 e as 21:30.

A abertura, na quarta-feira, é feita com um debate "dedicado a uma abordagem mais holística dos temas relativos ao tópico 'Terra', em torno do 'Sobre e do Porquê'", em que participam o antropólogo Arjun Appadurai, o urbanista Alexander D'Hooghe e a escritora e arquitecta Keller Easterling. O debate é moderado pela arquitecta Marta Sequeira.

Na quinta-feira, realiza-se o debate sob o mote "como reimaginar os instrumentos da arquitectura em prol da economia circular?", no qual participam Marc Angélil, professor emérito da Universidade de Zurique, a arquitecta Charlotte Malterre-Barthes e o urbanista Rahul Mehrotra, com moderação do arquitecto Pedro Gadanho, professor na Universidade da Beira Interior, na Covilhã.

"A sessão traz a debate as responsabilidades e oportunidades para a arquitectura, numa perspetiva ampla, face à emergência ecológica no planeta", adianta a organização.

Na sexta-feira, o último dia do ciclo, "é dedicado às comunidades para quem soluções arquitectónicas são mais urgentes através de práticas que procuram recuperar o equilíbrio em ecossistemas sociais e ambientais diversos, numa viagem entre o Brasil, os Países Baixos e a Índia".

Neste último debate participam a arquitecta indiana Anupama Kundoo, o arquitecto sueco Erik Stenberg, professor na School of Architecture and the Built Environment de Estocolmo, e o agricultor suíço Ernst Götsch, criador da agricultura sintrópica, e o agrónomo neerlandês Marc Leiber, com moderação da investigadora Inês Dantas.

Este debate vai "apresentar exemplos recentes com particular atenção aos contextos, recursos e processos que dão pistas valiosas para uma verdadeira mudança à escala global".

No fim de semana, a Trienal de Lisboa organiza "visitas comentadas em inglês pelas respetivas curadorias das quatro exposições centrais".

No sábado, às 11:00, "Visita a Multiplicidade", por Vyjayanthi Rao, no Museu Nacional de Arte Contemporânea, Galeria Millennium bcp, ao Chiado; às 13:00, visita a "Retroativar", por José Pablo Ambrosi e Loreta Castro Reguera, no Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia; e ainda, na zona ocidental da capital, às 15:00, a "Ciclos", por Pedro Ignacio Alonso, na garagem sul do Centro Cultural de Belém.

Finalmente, no domingo, às 11:00, visita a "Visionárias", por Anastassia Smirnova, na Culturgest.

A 6.ª edição da Trienal de Arquitectura de Lisboa, intitulada "Terra", apela à ação ambiental, através de quatro exposições, projetos independentes e debates com especialistas portugueses e estrangeiros.

Com curadoria-geral dos arquitectos Cristina Veríssimo e Diogo Burnay, dupla portuguesa fundadora do ateliê CVDB, o evento decorre até 05 de dezembro, em vários espaços culturais de Lisboa, focado na forma como a arquitectura pode contribuir para a sustentabilidade da vida nas cidades.