Votação em Lisboa com alterações para agilizar processo
Os 75.371 eleitores brasileiros inscritos para votar no domingo, em Lisboa e no Porto, na segunda volta das presidenciais do Brasil vão deparar-se com alterações para facilitar o acesso às assembleias de voto, disse hoje fonte diplomática.
Num encontro com jornalistas em Lisboa, para apresentar os novos aspetos organizativos da votação, o cônsul-geral do Brasil em Portugal, Wladimir Valler Filho, destacou a nova organização no acesso à Faculdade de Direito de Lisboa (FDL), onde vai votar o maior colégio eleitoral brasileiro fora do país, com 45.273 eleitores inscritos.
"O objetivo é agilizar a afluência dos eleitores e o próprio processo de votação para que não se repita a aglomeração de eleitores e respetivos acompanhantes", explicou.
Nesse sentido, e com o apoio da Polícia de Segurança Pública, o acesso rodoviário que separa o edifício da FDL do da Reitoria da universidade, vai ser encerrado e no espaço de jardim defronte desta será organizada a fila de eleitores que vão exercer o direito de voto.
"Vamos criar um circuito único para organização do fluxo de eleitores, a partir do qual haverá duas entradas: uma prioritária, para os casos previstos na lei, e outra para os demais eleitores", acrescentou.
Nesta segunda volta, a entrada na FDL continuará a ser a mesma, mas a saída será feita exclusivamente pela parte traseira do edifício, para prevenir a aglomeração e atrasos no processo de votação.
No Porto, onde estão inscritos 30.098 eleitores, haverá igualmente alterações, mas será em Lisboa que elas serão mais visíveis.
Um total de 80.896 eleitores brasileiros estão registados para votar em Portugal na segunda volta das presidenciais em 30 de outubro.
O terceiro ponto de votação será em Faro, onde estão inscritos 5.525 eleitores.
No encontro com os jornalistas, o cônsul-geral do Brasil voltou a agradecer a colaboração da Universidade de Lisboa, que à semelhança de anteriores eleições brasileiras volta a disponibilizar as instalações da Faculdade de Direito de Lisboa, da PSP e da empresa Metropolitano de Lisboa, que acedeu a um pedido da embaixada do Brasil para adiar por alguns dias o encerramento da estação Cidade Universitária para facilitar a chegada dos eleitores.
Segundo Wladimir Valler Filho, os eleitores vão votar nas mesmas salas em que o fizeram aquando da primeira volta, no passado dia 02 de outubro, com a única exceção a ser a junção de duas secções de voto numa única sala.
No total são 58 mesas de voto, tendo o cônsul-geral salientado que os problemas registados em seis mesas de voto, com avaria nas urnas eletrónicas, a ser resolvido com a substituição dos aparelhos avariados e o envio para Lisboa das chamadas "urnas de contingência", para fazer face a eventuais novas avarias.
As assembleias de voto abrem às 08:00 e fecham às 17:00, com os resultados a serem afixados, após o apuramento da contagem, na porta de entrada da FDL, além do exterior de cada uma das salas, como prevê a lei eleitoral brasileira.
Fora do país, no total, o Brasil criou assembleias de voto em 159 cidades, num total de 97 países.
O voto no Brasil é obrigatório pelo que os eleitores registados em Portugal e que, por alguma razão, estejam no Brasil no dia da votação poderão fazê-lo desde que tenham previamente formalizado o pedido de transferência do local de voto.
A segunda volta das presidenciais brasileiras é disputada pelo Presidente Jair Bolsonaro, que se recandidata a um segundo mandato e pelo antigo chefe de Estado Luiz Inácio Lula da Silva.
Lula da Silva venceu a primeira volta das presidenciais com 48,4% dos votos face a 43,2% dos votos obtidos por Jair Bolsonaro.