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UE com 1.200 casos de desinformação sobre Ucrânia e Estados-membros num ano

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O grupo de trabalho do Serviço Europeu de Ação Externa sobre a desinformação detetou 1.200 casos de desinformação na União Europeia (UE) num ano relativamente à Ucrânia e aos Estados-membros, lançando hoje uma ferramenta para desconstruir notícias falsas.

"Nos últimos 12 meses, foram registados mais de 1.200 casos de desinformação no repositório EUvsDisinfo, atacando a Ucrânia, a União Europeia, os seus Estados-membros e toda a comunidade de parceiros que respondeu à agressão russa e continua a apoiar a Ucrânia", revela o corpo diplomático da UE numa informação hoje divulgada.

De acordo com a mesma informação, ainda antes do início da guerra, em fevereiro passado, o grupo de trabalho do Serviço Europeu de Ação Externa East StratCom "observou um pico distinto nas narrativas de desinformação promovidas pelo ecossistema russo de desinformação", com a difusão de palavras como "nazi" em relação à Ucrânia e de "genocídio" a aumentarem, respetivamente, 300% e 500%.

O EUvsDisinfo é o principal projeto do grupo de trabalho East StratCom, tendo sido criado em 2015 no seio do Serviço Europeu de Ação Externa para melhor responder às campanhas de desinformação em curso por parte da Rússia que afetam a UE e os seus parceiros.

Hoje, a UE lança uma nova ferramenta no 'site' da EUvsDisinfo - uma nova secção, disponível em euvsdisinfo.eu/learn/ - que "explica os mecanismos, táticas, narrativas comuns e atores por detrás da desinformação e manipulação de informação".

Tal ferramenta "oferece uma visão do ecossistema pró-Kremlin [regime russo] dos meios de comunicação e também explica a filosofia por detrás da manipulação e interferência de informação estrangeira", assinala o corpo diplomático da UE.

Na informação hoje divulgada, o Serviço Europeu de Ação Externa adianta que "já passaram oito meses desde que a Rússia lançou a sua agressão em larga escala contra a Ucrânia", mas já antes, "no outono do ano passado, a escalada militar tornou-se óbvia, tal como os esforços para lançar o terreno para a agressão no espaço de informação".

Atualmente, "à medida que a agressão militar ilegal continua, o mesmo acontece com as campanhas de manipulação de informação e desinformação", estando em causa "atividades de desinformação e manipulação de informação em curso em várias línguas e dezenas de plataformas, 'offline' e 'online'", condena a UE.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou a fuga de milhões de pessoas e a morte de milhares de civis, segundo as Nações Unidas, que classificam esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).