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Ataque do Al-Shebab a hotel no sul da Somália fez nove mortos e 47 feridos

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Nove pessoas foram mortas e 47 ficaram feridas no ataque de hoje de terroristas do Al-Shebab a um hotel em Kismayo, no sul da Somália, disse o ministro da Segurança do estado de Jubaland.

"Nove pessoas foram mortas e 47 feridas no ataque, incluindo estudantes que estavam a abandonar uma escola próxima no momento do ataque", disse Yusuf Hussein Osman, após o ataque, que durou mais de seis horas.

Várias ambulâncias acorreram ao local, juntamente com veículos militares blindados, e horas depois do ataque inicial as forças de segurança "neutralizaram todos os terroristas do Al-Shebab envolvidos no assalto e resgataram os muitos civis presos dentro do edifício", disse a agência de notícias da Somália, a Sonna.

"Venceremos o grupo que atacou Kismayo", disse o ministro das Finanças de Jubaland, Hussein Hirsi Ahmed, aos meios de comunicação locais, não apresentando números sobre os militares que eventualmente terão ficado feridos ou mortos.

O ataque de hoje foi levado a cabo por cinco elementos do grupo terrorista, havendo a registar de início seis mortos e 15 feridos, de acordo com as informações transmitidas por um polícia que participou nas operações.

O ataque foi lançado no seguimento de um atentado suicida, disse o grupo terrorista num comunicado citado pela SITE, organização especializada em atividades extremistas, segundo a agência Europa Press.

Kismayo é a capital comercial desta região do sul da Somália, onde o Al-Shebab está especialmente ativo apesar da sua expulsão oficial pelas tropas do país desde 2012.

O Presidente da Somália, Hassan Sheikh Mohamud, declarou em 23 de agosto uma "guerra total" para eliminar o Al-Shebab, dias depois de os terroristas terem tomado de assalto um hotel em Mogadíscio durante 30 horas e matando 21 pessoas.

Desde então, várias operações militares têm sido lançadas contra os terroristas, apoiadas pelos Estados Unidos da América, que em setembro fizeram "mais de cem mortos entre o grupo", de acordo com o Governo.

A Somália vive em estado de guerra e caos desde 1991, quando o ditador Mohamed Siad Barre foi derrubado, deixando o país sem governo efetivo e nas mãos de milícias e "senhores da guerra" que controlam largas partes do território.