“Contas certas”
António Costa (AC) e os socialistas em geral aparentam ter lapsos de memória que os impedem de lembrar as contas erradas que advieram de 6 anos de governação de Sócrates e culminaram no resgate financeiro de Portugal, com a troika a impor limitações à nossa soberania por força do empréstimo de 78.000 milhões de euros que nos concedeu para evitarmos a bancarrota. Essa espécie de amnésia seletiva de que AC e os socialistas fingem padecer tem como objetivo continuar a enganar os portugueses mais distraídos. Quando em 2011 o governo PSD/CDS liderado por Passos Coelho tomou conta dos destinos de Portugal a Segurança Social (SS) já não tinha dinheiro e para pagar as pensões foi necessário recorrer ao dinheiro dos impostos e a transferências do OE. Foi esse enorme descalabro da governação do PS (GPS) na SS e um défice de 11,2% do PIB, o maior de sempre, que nos trouxe a austeridade imposta pela troika. AC ao evocar por tudo e por nada as “contas certas” e por mais que se finja esquecido, só mostra como o aflige o trauma das contas erradas da governação do PS que em 2010 nos levou à beira da bancarrota. AC insiste em repetir que não recorreu à austeridade para enfrentar as 2 últimas crises seja a pandemia ou a que ora decorre por força do brutal aumento da inflação e do custo de vida. Tal não passa de gabarolice tola já que nestas 2 últimas crises contámos com o apoio solidário da UE pois as mesmas atingiram todos ao países que a integram, ao contrário da crise de 2010 em que Portugal teve de sujeitar-se às imposições da troika sem qualquer apoio solidário por parte dos outros membros da UE. Se AC não recorreu a medidas de austeridade mais apertadas foi porque as impostas pela troika, algumas das quais ainda se mantêm, permitiram a Portugal voltar a ter as contas públicas certas e conseguir livrar-se em 4 anos dessa mesma troika, ainda antes de AC ser 1.º ministro e sofrer do trauma das contas erradas da GPS em 2010.
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