Poderá ser só coincidência
O 'Compromisso 2030', hoje apresentado, terá o mesmo fim que o ‘Autonomia XXI’?
Boa Noite!
Lembram-se do ‘Autonomia XXI’, tanto na versão original, como na sequela de 2014?
Na última aparição surgiu como projecto estratégico para a Madeira dos próximos 10 anos, logo, em condições normais, ainda devia estar em vigor, e foi trabalhado por uma geração de políticos afectos ao PSD. Era coordenado pelo deputado Jaime Filipe Ramos, que de olhos postos no futuro, quis dar um contributo à Região, definindo um modelo político diferente, capaz de corresponder ao novo ciclo económico e social.
Lembro-me de ter escritos vários textos resultantes de discussões atrevidas e com propostas que hoje me vieram à memória ao dar conta do clone, denominado 'Compromisso 2030', também do PSD-M.
Admito que possa ser mera coincidência mas o projecto também dá palco a dezenas de temas e de coordenadores, alguns dos quais, porventura da geração que meteu a viola no saco quando, depois da ‘festa’ de 2014, novos ares sopraram na rua dos Netos e arredores.
Foi público que o projecto revolucionário de então não conseguiu conviver com a nova realidade insular que coincidiu com a chegada de Miguel Albuquerque à liderança do executivo madeirense. Desconhece-se todas as razões que o levou entretanto a ser engavetado, se deixou de fazer sentido ou se fez apenas pausa técnica. O certo é que saiu de cena e é agora desenterrado, com nova roupagem e algumas caras diferentes. Mas será que terá o mesmo fim, após as eleições de 2023?