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Macron diz que isolamento da Alemanha "não é bom" para a Europa

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O Presidente francês, Emmanuel Macron, considerou hoje "não ser bom" para a Europa que a Alemanha se isole, e reafirmou a intenção de trabalhar de forma estreita com o chanceler alemão Olaf Scholz.

"Penso que não é bom nem para a Alemanha nem para a Europa que ela se isole", declarou à chegada a Bruxelas para uma cimeira dos 27 Estados-membros dedicada à crise motivada pelo aumento exponencial dos preços da energia.

Num momento em que as relações entre os dois países atravessam um momento difícil, Macron disse estar determinado em preservar "a amizade e a aliança" franco-alemã, e a "unidade europeia".

"Temos muito trabalho à nossa frente", reconheceu no entanto o Presidente francês, que tinha um encontro previsto com Scholz antes do início da cimeira.

"De momento cada um está a fazer coisas no plano nacional. Penso que é melhor consultarmo-nos, coordenarmo-nos", prosseguiu, após sublinhar o "verdadeiro desejo" de encontrar "caminhos de convergência".

As divergências que se têm acumulado entre Paris e Berlim implicaram na quarta-feira o adiamento para janeiro do conselho de ministros franco-alemão previsto para 26 de outubro na cidade francesa de Fontainebleau.

"Sempre considerei que o meu dever consiste em tudo fazer para que encontremos os caminhos do acordo entre a Alemanha e a França, que permitam de seguida construir acordos europeus", insistiu.

As respostas a conceder à crise energética, cooperação militar ou projetos comuns de armamento, denunciaram divergências entre os dois países.

Para além dos desacordos sobre "toda uma série de sujeitos", Berlim justificou o adiamento do conselho de ministros comum por "dificuldades logísticas" para diversos ministros.

"Como existiam ministros que não estavam disponíveis do lado alemão, preferimos adiar para também preparar as decisões", indicou Macron, ao referir-se exclusivamente a um "adiamento técnico".