Trabalhadores da Horários do Funchal preparam caderno reivindicativo em 'reunião magna'
O plenário de trabalhadores que decorre esta manhã poderá causar alguns constrangimentos nas carreiras de transportes públicos urbanos do Funchal
Está prestes a começar o plenário de trabalhadores da Horários do Funchal.
Esta reunião magna de funcionários da empresa que assegura o serviço de transporte público rodoviário na cidade do Funchal tem por objectivo a discussão e aprovação de um caderno reivindicativo para o próximo triénio (2023/2025), que vai além dos aumentos salariais.
Em cima da mesa está, também, a redução gradual do horário de trabalho, até alcançar as 35 horas em 2025, sendo que no próximo ano pedem os trabalhadores que o mesmo passe a 38 horas semanais e no ano seguinte a 36,5. Estas alterações aplicam-se não apenas aos motoristas, que querem que o custo das formações e certificações a que estão obrigados sejam suportados pela empresa, mas também a outros funcionários da Horários do Funchal, nomeadamente os metalúrgicos.
Constrangimentos nos transportes públicos devido a plenário de trabalhadores da HF
O Grupo Horários do Funchal (Horários do Funchal - Transportes Públicos, S.A. e Companhia dos Carros de São Gonçalo, S.A.) informa os seus clientes da possibilidade de ocorrência de constrangimentos nas carreiras de transporte público de passageiros do serviço urbano e interurbano, amanhã, dia 20 de Outubro, entre as 09h30 e as 12h30, devido ao plenário de trabalhadores, marcado pelo Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários e Actividades Metalúrgicas da Região Autónoma da Madeira.
Ao mesmo tempo, os funcionários reivindicam a alteração das regras de atribuição de diuturnidades, passando as mesmas a serem atribuídas de 3 em 3 anos, ao contrário do que agora acontece.
Especificamente para os agentes de fiscalização, pedem a alteração do subsídio de ajuramentação, que entendem dever passar a 25% do salário.
Ao DIÁRIO, Lino Gonçalves, adiantou que o presente caderno reivindicativo serve para fazer face a grandes diversidades enfrentadas diariamente por muitos dos trabalhadores da empresa.
O responsável do STRAMM - Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários e Actividades Metalúrgicas da Madeira, diz estar em causa "o merecido reconhecimento",
pelo que o sindicato considera importante acabar com "a fraca valorização dos trabalhadores", "a falta de dignificação das classes trabalhadoras" e "a falta de fomento do empenho dos trabalhadores".
O sindicalista mostrava-se expectante quanto à adesão dos colegas a este plenário, esperando que os trabalhos durante a manhã de hoje decorram de forma proveitosa.
O DIÁRIO procurou aferir quantos trabalhadores estariam presentes no plenário, mas sem sucesso, tendo a administração da empresa impedido o acesso às suas instalações para a recolha de imagens.