A Guerra Mundo

Erdogan pede a Zelensky que procure uma solução diplomática para a guerra

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O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, pediu na quarta-feira ao seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, que mantenha viva a possibilidade de uma solução diplomática para o conflito armado provocado pela invasão russa.

Erdogan ligou para o líder ucraniano por telefone para saber as últimas notícias da guerra, desencadeada em 24 de fevereiro, e reiterou a sua total disposição de fazer o que for preciso para encontrar uma solução negociada, adiantou a agência de notícias turca Anadolu.

Desde o início da guerra, Erdogan tem tentado assumir um papel de mediador entre Kiev e Moscovo, por um lado, insistindo que a soberania e a integridade territorial da Ucrânia devem ser respeitadas -- incluindo as regiões do Donbass e a Crimeia --, e, por outro, mantendo boas relações com a Rússia.

Ancara não aderiu às sanções da União Europeia contra a Rússia, e Erdogan já se reuniu quatro vezes em 2022 com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, sendo que última ocorreu na semana passada no Cazaquistão.

Mas, no entanto, o chefe de Estado turco mostra publicamente o seu apoio a Zelensky, tendo o revelado em agosto, quando viajou para Lviv, com o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, para se encontrar com o líder ucraniano.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,7 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.306 civis mortos e 9.602 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.