PS espera que o orçamento não seja apenas “eleitoralista”
“O próximo orçamento, mais do que um orçamento com objectivos eleitoralistas, terá de ser um orçamento para responder aos problemas da Região”, afirmou Sérgio Gonçalves à saída da audiência com o secretário regional das Finanças.
“Sabemos que o ano de 2023 será de grandes desafios para a Região, desde logo pro aquilo que tem sido a conjuntura internacional recente, com o aumento da inflação, das taxas de juro mas, agora, também com sinais de recessão em vários países”, afirmou o líder socialista.
Uma recessão que vai atingir “países emissores de turismo para a Região”, com o impacto que isso terá em toda a economia.
“Defendemos medidas, como a redução de impostos, do IRS, do IVA, por um lado devolvendo mais rendimento aos madeirenses e, por outro, reduzindo os preços dos bens que consumimos”, adianta.
Além de respostas imediatas, o PS defende medidas que “sejam estruturantes e resolvam problemas que a Região” enfrenta, nomeadamente na habitação.
“Na Saúde, apesar de o Governo Regional alocar recursos como nunca, e as palavras são do senhor secretário da saúde, as listas de espera acumulam-se. Desde 2015 até ao final do ano passado, as listas de espera duplicaram e há algo que tem de ser feito de forma diferente”, afirma.
As preocupação dos socialistas também vão para o sector primário e Sérgio Gonçalves recorda os elogios do presidente do Governo Regional a agricultores, pescadores e produtores pecuários, durante a pandemia “mas depois, quando chegamos à definição dos projectos regionais do PRR, esses sectores ficaram completamente de fora, ao contrário dos Açores, onde havia um apoio específico para o sector primário”.
Para as empresas, o PS não defende apenas as questões fiscais, mas também de apoio e incentivo, que permitam criar emprego.
“O PRR deixou as empresas de fora, a opção do GR foi alocar quase 600 milhões de euros a investimento público e entendemos que este próximo orçamento tem de ser responsável e que permita ao tecido empresarial da Região se desenvolver”. Sérgio Gonçalves, líder do PS-M
Tudo isto num momento em que, lembra, a Região tem os mais elevados índices de pobreza do país.
O PS já deu entrada de uma proposta de apoios complementares aos que estão no OE e espera que a maioria possa acompanhar.