EUA continuam a reconhecer Jerusalém como capital de Israel
Os Estados Unidos garantiram hoje que continuarão a reconhecer Jerusalém Ocidental como capital de Israel, depois de a Austrália ter anunciado que deixará de a considerar a capital do Estado judaico.
"Deixaremos que seja o Governo australiano a falar sobre as suas políticas, mas a posição dos Estados Unidos é que a nossa embaixada continuará em Jerusalém, que reconhecemos como a capital de Israel", disse o porta-voz adjunto do Departamento de Estado norte-americano, Vedant Patel, numa conferência de imprensa.
Patel acrescentou que o "estatuto final" de Jerusalém, disputado por israelitas e palestinianos, deve ser resolvido através de negociação entre as duas partes.
O Governo da Austrália, liderado pelo trabalhista Anthony Albanese, anunciou hoje que vai reverter a decisão tomada pelo seu antecessor em 2018, o liberal Scott Morrison, de reconhecer Jerusalém Ocidental como capital de Israel, argumentando que o estatuto da capital "deve ser resolvido como parte de quaisquer negociações de paz entre Israel e o povo palestiniano".
O Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita convocou o embaixador australiano no país, Paul Griffiths, a propósito da decisão, enquanto a Autoridade Nacional Palestiniana saudou o anúncio e apelou a Camberra para reconhecer o Estado palestiniano.
Em 2017, o então Presidente dos EUA, Donald Trump, quebrou o consenso internacional ao reconhecer Jerusalém como a capital israelita e transferir a sua embaixada no ano seguinte.
Jerusalém Oriental foi ocupada por Israel durante a Guerra dos Seis Dias de 1967 e, em 1980, anexada como sua capital, uma decisão não reconhecida pela comunidade internacional.
Na sequência da anexação, os países que tinham as suas embaixadas em Jerusalém Ocidental, mais de 20, deslocaram-nas para Telavive.
Os palestinianos esperam que Jerusalém Oriental seja a capital do seu futuro Estado.