Madeira

Ricardo Nascimento quer cabotagem como marco histórico na Ribeira Brava

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Foto Câmara Municipal da Ribeira Brava

“A recriação da cabotagem tem margem para crescer e ser um marco histórico na Ribeira Brava”. É este o objectivo do presidente da Câmara Municipal, Ricardo Nascimento, que quer fazer desta recriação um veículo de transmissão de conhecimentos do passado para a atualidade.

A posição de Ricardo Nascimento foi assumida ontem, na FNAC, durante a apresentação da curta-metragem alusiva à cabotagem, realizada a 28 de Abril, na vila da Ribeira Brava, em parceria com a Direcção Regional do Mar, onde o município recriou o transporte de pessoas e mercadorias ao longo da costa marítima. Uma actividade economicamente importante na ilha da Madeira, no início do século XX, numa altura em que não haviam autocarros e as pessoas deslocavam-se de barco ou a pé.

Reavivou-se o suor das pessoas na produção de bens agrícolas para a alimentação do dia-a-dia, reavivou-se as ‘freimas’ que as mulheres apanhavam sempre que viam os maridos saírem para a pesca sem saber se voltavam a casa, e reavivou-se a importância que a Ribeira Brava tinha devido à sua posição geográfica na ilha da Madeira, considerada o centro das trocas comerciais”. Ricardo Nascimento, presidente da Câmara Municipal de Ribeira Brava.

“Ninguém vai trocar semilhas por charros ou manicas, mas continuamos a ser um ponto importante em termos comerciais e em termos de serviços”, refere Nascimento, salientando que a cabotagem serviu ainda para reavivar a “importância do nosso cais tantas vezes reivindicado por Francisco Correia de Herédia, visconde da Ribeira Brava, bem como a pobreza e o trabalho árduo dos agricultores na Madeira”.

Olhando para a recriação da cabotagem como “um veículo de transmissão de história e conhecimento”, o autarca pede a envolvência de todas as escolas no projecto e sugere a criação de pequenos nichos teatrais nos estabelecimentos de ensino do concelho.

Aproveitou a ocasião para enaltecer a participação das várias entidades nesta acção, como a Universidade Sénior da Ribeira Brava, os alunos do 1.º ciclo e do secundário, o Grupo Teatral Bolo do Caco, o Museu Etnográfico e outros grupos envolvidos que deram vida a este projeto inovador.

A apresentação contou com a presença de Mafalda Freitas, directora regional do Mar, Sandra Brito, do programa Escola Azul, assim como elementos da USRB e da escola secundária Padre Manuel Álvares.