Kremlin diz que mobilização parcial continua "por enquanto"
A mobilização parcial de centenas de milhares de reservistas russos para combater na Ucrânia não está concluída "por enquanto", embora muitas regiões já tenham concluído o processo, afirmou hoje o Kremlin.
"De momento, ainda não há um decreto presidencial" que ponha fim à mobilização, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, aos jornalistas.
Estas declarações surgem um dia depois do anúncio feito pelo presidente da Câmara de Moscovo, Sergei Sobyanin, do encerramento dos centros de mobilização militar na capital russa, abertos há quase um mês.
O presidente da Câmara de Moscovo referiu que a capital russa tinha recrutado a sua quota de homens para serem enviados para a luta na Ucrânia, desde o anúncio da mobilização parcial decretada pelo Presidente, Vladimir Putin, em 21 de setembro.
A mobilização parcial causou grande preocupação e levou dezenas de milhares de russos a fugirem do país para evitarem ser recrutados.
Na semana passada, Vladimir Putin disse esperar o fim desta onda de mobilização "dentro de duas semanas", admitindo que teve falhas.
O seu porta-voz não indicou, nas declarações que fez hoje, quais as "várias regiões" que já tinham concluído o processo de mobilização.
"O Ministério da Defesa fixou quotas para cada região. Algumas dizem que completaram este processo", disse aos jornalistas, assegurando que as autoridades russas não mobilizariam mais do que o anunciado número de 300.000 reservistas chamados.
A Rússia lançou uma ofensiva militar na Ucrânia que dura há quase seis meses, desconhecendo-se dados fiáveis sobre perdas de soldados de ambos os lados.
Sobre vítimas civis, a ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.306 mortos e 9.602 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.