Plano de Acção de combate à pobreza com três fases
28,9% dos madeirenses em risco de pobreza
A Estratégia Regional da Inclusão Social e Combate à Pobreza será operacionalizada em três planos de acção.
O primeiro desses três conjuntos de medidas concretas a implementar, com 140 acções, tem o horizonte temporal de 2021 a 2024.
Conforme explicou Rita Andrade, na apresentação do plano que decorre esta manhã no Centro de Estudos de História do Atlântico, a estrutura faseada das medidas prende-se com a necessidade de adequar as acções ao contexto e às exigências que podem mudar em função de condicionantes internas ou externas.
O plano hoje apresentado estrutura-se em cinco eixos estratégicos, com acções ajustadas à realidade com acções, abrangendo áreas tão diversas como o acesso à saúde, à habitação condigna, entre outras.
Neste âmbito, a secretária regional de Inclusão Social e Cidadania destacou a tendência decrescente que os números da pobreza têm conhecido na Madeira, não colocando de parte a possibilidade da situação se inverter, face às condicionantes económico-financeiras que marcam a actualidade.
A questão da ultraperiferia foi um dos factores apontados pela governante para o agravamento dos números da Madeira. Além disso, os factores tidos em conta no apuramento dos números no todo nacional têm em conta indicadores com os quais a Região fica logo penalizada à partida, ressalvou Rita Andrade, referindo-se por exemplo à capacidade de fazer férias pelo menos uma vez por ano ou à capacidade de aquecer a sua habitação.
Tendo por base os indicadores de 2021, a Madeira tinha 28,9% da sua população em risco de pobreza ou exclusão social. Esse número baixava ligeiramente depois da transferência dos apoios sociais, passando 24,2%.
Os outros dois planos terão, respectivamente, o alcance temporal 2025/2027 e
2028/2030.