Mais de 260 migrantes foram resgatados ao largo das Canárias
O Salvamento Marítimo espanhol resgatou 264 pessoas de origem norte-africana em quatro embarcações que se dirigiam a duas ilhas do arquipélago das Canárias quando foram detetados pelas autoridades.
A primeira embarcação, que transportava 33 homens e uma mulher, foi avistada por um veleiro quando estava à deriva a cerca de 18 quilómetros a norte da ilha de Lanzarote, disse o Sistema Integrado de Vigilância Exterior (SIVE) da Guarda Civil espanhol à agência de notícias Efe.
Na tarde de domingo, pouco antes das 15:00 (14:00 em Lisboa), outro veleiro notificou às autoridades que havia avistado uma canoa perto da ilha de El Hierro, da qual foram resgatados 123 homens e uma mulher, todos de origem subsaariana.
Durante a noite, o Salvamento Marítimo espanhol ajudou outras 106 pessoas, incluindo pelo menos um menor, em dois barcos pneumáticos detetados em águas próximas da ilha de Lanzarote.
Segundo a informação divulgada pelos serviços de emergência, todos os migrantes estão em boas condições de saúde.
Desde o início do ano, cerca de 11.500 migrantes conseguiram atravessar do continente africano para as ilhas Canárias, segundo dados do Governo espanhol, divulgados em 15 de setembro.
Segundo a organização Caminando Fronteras, 978 pessoas morreram a aventurar-se na travessia.
No ponto mais curto, a costa marroquina fica a apenas 100 quilómetros das ilhas Canárias, mas a maioria dos migrantes vem de mais a sul, alguns saindo da Mauritânia, a 1.000 quilómetros de distância.
O número de migrantes que tentam a travessia do Atlântico começou a aumentar acentuadamente a partir de final de 2019, quando a maior presença das patrulhas no Mediterrâneo reduziu as travessias por essa via marítima.