Ponta do Sol recebe amanhã concerto do Festival de Órgão da Madeira
A Igreja de Nossa Senhora da Luz, na Ponta do Sol, recebe, este domingo, 16 de Outubro pelas 18 horas, mais um concerto no âmbito do 11.º Festival de Órgão da Madeira.
O evento organizado pela Secretaria Regional de Turismo e Cultura, através da Direçcão Regional da Cultura, e com direção de artística de João Vaz, teve início na passada sexta-feira, dia 14, e prolonga-se até dia 23 deste mês, com um total de 11 concertos em oito igrejas e três concelhos da Madeira.
Este domingo, além do já noticiado concerto sob o tema 'Flores de Música', com os organistas João Vaz e André Ferreira e o ensemble Ars Lusitana sob direção de Isaac Alonso de Molina, que terá lugar pelas 11 horas na missa dominical da Sé do Funchal, haverá assim um concerto na Ponta do Sol.
Sé do Funchal recebe dois concertos do Festival de Órgão neste fim-de-semana
Depois do concerto inaugural desta sexta-feira do 11.º Festival de Órgão da Madeira (FOM), evento organizado pela Secretaria Regional de Turismo e Cultura, através da Direção Regional da Cultura, a Sé do Funchal recebe dois concertos, um amanhã e outro no domingo, dedicado às ‘Flores de música’. O concerto conta com João Vaz, diretor artístico do FOM, no órgão principal, André Ferreira no órgão de coro e o Ensemble Ars Lusitana sob direção de Isaac Alonso de Molina.
O organista Javier Artigas e os instrumentistas de sopro 'Ministriles de Marsias' actuam sob tema 'Música nas Catedrais hispânicas'.
Recorde-se que os menestréis – instrumentistas de sopro – foram responsáveis por grande parte da música praticada nas catedrais da Península Ibérica durante os séculos XVI e XVII. Estes mesmos músicos tocavam ao ar livre nas procissões e, muitas vezes, animavam as ruas na sequência das cerimónias religiosas. Esta constante interligação entre o sagrado e o mundano é ilustrada neste concerto, através do som dos baixões e do órgão igreja da Ponta do Sol.
Este mesmo concerto terá repetição na segunda-feira, dia 17, a partir das 21h30, no Convento do Bom Jesus.
Todas as iniciativas que constam do programa do 11.º Festival de Órgão da Madeira são de acesso gratuito.
Sobre os artistas
Javier Artigas estudou Órgão e Cravo, sob a orientação de José Luis González Uriol, havendo conquistado o Prémio Extraordinário de Fim de Curso. Posteriormente aperfeiçoou-se junto de Radulescu, Torrent, Schnorr, Alain, Rogg e Houbard, entre outros. Na qualidade de solista, actua regularmente em festivais que têm lugar em Espanha e noutros países da Europa, da Ásia e da América, e, em música de câmara, já se apresentou com os agrupamentos Ministriles de Marsias, Il Trio Galante, Ensemble 415 e La Oropéndola. Entre os seus registos fonográficos contam-se Tañer con Arte, premiado com cinco estrelas pela revista Goldeberg, e, como musicólogo, deve-se-lhe a nova edição e transcrição das obras para teclado de Jusepe Jiménez e de Frei Juan Bermudo. Javier Artigas desempenha atualmente as funções de diretor do Departamento de Música Antiga e catedrático de Órgão e Cravo no Conservatório Superior de Múrcia, bem como as de professor convidado do Departamento de Música Antiga da ESMUC (Barcelona) e de diretor técnico do Festival de Música Antiga de Daroca e das Jornadas Internacionais de Órgão de Saragoça. É também responsável pela conservação e restauro do património organístico da Região de Múrcia, de onde se destaca o Grande-Órgão Merklin-Schütze (1854).
Ministriles de Mársias é um verdadeiro conjunto de menestréis, nome dado aos instrumentistas de sopro nas capelas das catedrais. O nome do grupo refere-se à disputa entre o civilizado Apollo com a sua harpa e o bárbaro menestrel Mársias soprando na tibia. Essa competição entre as cordas e instrumentos de sopro foi evocada por Monteverdi e outros contemporâneos ao instrumentar as suas obras para referir a capacidade dos menestréis para imitar e apoiar a voz humana. Fernando Sánchez, que fundou o ensemble Ministriles de Marsias juntamente com o renomado cornetista Paco Rubio, colabora assiduamente com orquestras e grupos especializados em interpretação historicamente informada e dedica-se à interpretação da música, desde o Renascimento aos nossos dias, utilizando sempre instrumentos e técnicas inerentes a cada época. Josep Borràs é doutorado pela Universidade Autónoma de Barcelona com um trabalho aclamado sobre a crise hispânica, integrou os grupos Hesperion XX e Le Concert des Nations (Jordi Savall) e é professor de fagote e fagote barroco no Curso Internacional de Música Antígua de Daroca desde 1989 e da classe de fagotes históricos da Escola Superior de Música de Catalunha, onde ocupou o cargo de diretor do departamento de Música Antiga desde sua fundação em 2001 e é atualmente diretor da Escola.