Turismo Madeira

PS acusa Governo Regional de “navegar à vista" no sector do Turismo

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O PS-Madeira manifestou, hoje, a sua preocupação em relação aos indicadores que dão conta de um abrandamento nos fluxos turísticos para a Região já neste Inverno, em particular as notícias que apontam para quebras na ordem dos 15% no mercado alemão.

Em conferência de imprensa, Sérgio Gonçalves acusou o Governo Regional, especificamente o secretário regional do Turismo e Cultura, de "ser muito rápido a anunciar recordes, mas, quando confrontado com os decréscimos, alegar que nada sabe".

Dada a situação "pouco favorável" nos principais mercados emissores de turistas, como o Reino Unido e a Alemanha, a qual "terá impacto no turismo da Região", o líder dos socialistas madeirenses acusou também Miguel Albuquerque de continuar a “navegar à vista relativamente ao sector”.

Criticou concretamente a afirmação do presidente do Governo Regional de que “se tivermos os níveis de turismo que tivemos este ano, em 2023 não haverá recessão na Região”.

“Todos sabemos a dependência que temos do exterior, destes mercados, e a dificuldade que existirá não só para as empresas do sector, mas, consequentemente, também para os trabalhadores, que serão novamente levados para situações de precariedade, de baixos salários e mesmo de desemprego”, advertiu Sérgio Gonçalves.

Na óptica do PS, "o Governo Regional perdeu oportunidades para, ao longo deste período de pandemia, requalificar o produto e qualificar e dar formação profissional a um dos nossos principais ativos, que são os trabalhadores do sector".

“Neste momento, continuamos a assistir a uma desresponsabilização e a uma despreocupação relativamente ao futuro, quando sabemos também que os períodos de expansão e de crescimento no turismo da Região são tradicionalmente muito curtos, aos quais se seguem outros de recessão, de quebra de procura e de preços bastante mais longos do que aqueles períodos bons que os antecederam”, sustentou.

O líder dos socialistas aproveitou ainda a ocasião para voltar a defender que, face à conjuntura internacional e à realidade vivida pelas famílias madeirenses, "o Governo Regional deve aproveitar a receita extraordinária que tem – particularmente os 87 milhões de euros de IVA – para implementar medidas de apoio às famílias e ao sector empresarial". Caso contrário, alertou, “estaremos perante uma situação muito complicada no próximo ano, e não será nem por falta de aviso, nem por falta de propostas concretas apresentadas pelo PS”.